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Governo realizará mais leilões com maior volume de milho, diz Rossi

Durante reunião ministro falou também sobre a necessidade da averbação da reserva legal nas propriedades ruraisO ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta segunda, dia 7, durante reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o governo vai realizar mais leilões, com maiores volumes de milho. O objetivo é amenizar os altos preços pagos pelo cereal pelos consumidores em algumas regiões do país.

? Vamos fazer mais leilões e aumentar a quantidade ? disse.

Segundo um representante de pequenos e médios produtores de São Paulo, o preço da saca do grão, posto em Campinas (SP), chegou a R$ 32. Esse valor, de acordo o produtor, pode tirar parte dos pequenos e médios da atividade. Ele pediu que o governo acelerasse a liberação de estoques até que o preço caísse pelo menos a R$ 25 ou R$ 26 a saca.

O ministro também foi questionado a respeito de cartas que estão sendo enviadas pelo Banco do Brasil (BB) aos produtores rurais, alertando sobre a necessidade da averbação da reserva legal nas propriedades. De acordo com a carta, a instituição não concederá novos créditos aos produtores que não estiverem enquadrados na lei. O ministro afirmou que pedirá ao governo a prorrogação da data para a averbação da reserva legal, que vence em 11 de junho. Ele disse ainda que pedirá ao governo que desvincule a concessão de crédito da necessidade de averbação da reserva legal.

O vice-presidente de Agronegócios do BB, Luiz Carlos Guedes Pinto, que participou da reunião, informou que o banco é obrigado a cumprir a legislação. Segundo ele, o envio da circular provocou uma intensa movimentação entre os produtores rurais.

? Foi positivo enviar a carta e agora os produtores estão se mobilizando para prorrogar a data ? comentou.

De acordo com Guedes Pinto, é provável que grande parte dos produtores não conseguirá cumprir a lei até 11 de junho.

? Fui procurado pela Contag e a entidade me disse que 95% dos pequenos e médios agricultores não conseguirão cumprir a legislação.

Ele ressaltou que já houve prorrogações anteriores e acredita que um novo adiamento poderá ser feito.

Pelo decreto número 7.029/2009, de 11 de dezembro de 2009, os produtores são obrigados a registrar em cartório a área de mata nativa existente na propriedade – 80% na Amazônia e 20% da propriedade para o resto do país. O prazo limite para esse registro foi adiado por várias vezes. O mais recente prazo é 11 junho. Esses adiamentos foram feitos enquanto se discutia o novo Código Florestal que, no entanto, ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional.

Quando o decreto entrar em vigor, o proprietário autuado pela fiscalização sem a totalidade da reserva legal terá prazo de 120 dias para formalizar uma proposta de recuperação da área. Feito isso, o que já o livra da multa, terá até 2031 para recuperar a área de floresta.

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