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Governo rebate argumento de usineiros sobre preço da gasolina

Setor produtivo de etanol diz que estabilidade do preço é fator limitante para novos investimentos na produção do biocombustívelO diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério das Minas e Energia, Ricardo Dornelles, rechaçou o argumento do setor produtivo de etanol de que a estabilidade do preço da gasolina no país, mantida pelo governo, é um fator limitante para novos investimentos na produção do biocombustível.

? Não posso admitir que o preço da gasolina possa ser apontado como o fator limitante ? disse Dornelles durante o debate sobre políticas públicas para o abastecimento, no Ethanol Summit, em São Paulo.

Dornelles justificou a avaliação do governo com um gráfico no qual aponta que, entre 2008 e o início deste ano, o preço da gasolina no Brasil foi maior aqui do que no Exterior, justamente por ter sido mantido pelo governo.

? No crescimento do setor, até 2008, o preço da gasolina foi mais alto aqui do que lá fora ? falou.

O diretor do Ministério das Minas e Energia afirmou que a perda de competitividade do etanol para a gasolina e o aumento da oferta precisam ser revertidos com investimentos em produção, que virão no médio prazo.

No curto prazo, ou seja, até 2013 ou 2014, com a oferta de etanol restrita, a ação do governo será necessária, na avaliação de Dornelles, que classificou o momento como crítico em relação à oferta. Para ele, três ações para reduzir a demanda do combustível devem ser tomadas.

? A redução da mistura do anidro à gasolina é ferramenta essencial para governo. Além disso, temos o financiamento de estoques de etanol e ações com a política tributária para dois ou três anos até o novo ciclo de crescimento ? explicou Dornelles.

Dados do governo apontam, por exemplo, que a produção de etanol destinada ao mercado interno será de 23 bilhões de litros neste ano, para uma demanda de 23,7 bilhões de litros.

? Para isso, precisaremos reprimir a demanda, com essas três ações já ditas. Paralelamente, construímos o planejamento futuro a seis mãos, com governo, produtores e distribuidores ? concluiu.

Já o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique Pinheiro Silveira, também defendeu a parceria entre o governo e o setor privado para resolver as crises pontuais de etanol e aumentar a oferta.

? O momento é de engajamento com governo, produtores e distribuidoras para planejar o futuro da atividade ? frisou.

Para Silveira, a pressão de altas do preço pela queda na oferta “passa por uma resposta necessária do setor produtor à sociedade, sob pena de colocar em questão a escolha do consumidor pelo etanol”, avaliou.

Ainda para Silveira, além de ações do setor produtivo, como o compromisso de abastecimento e regras claras de contratação por parte dos distribuidores e produtores, o governo atuará com a criação de mecanismo de financiamento para ampliar produção e incentivar a modernização tecnológica do setor.

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