– A pedido do governador, chamamos representantes dos trabalhadores, das indústrias de máquinas e de base, além dos membros das usinas e de entidades. Vamos montar uma estratégia para o combustível via São Paulo – completou Mônika.
São Paulo é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar, com um total de 11,6 bilhões de litros na safra passada, ou 56,3% da oferta do Centro-Sul do Brasil. O Estado é também o maior consumidor do país, graças à oferta e incentivos públicos para a demanda, como alíquota de 12% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do etanol hidratado, a menor do país.
No ano passado, o governador desonerou o ICMS para usinas sucroenergéticas que fizessem investimentos na modernização de caldeiras para a produção de energia elétrica do bagaço de cana-de-açúcar. No entanto, a demanda desses equipamentos não cresceu, pois, de acordo com o setor, os preços da energia elétrica nos leilões federais seguem abaixo do custo e ainda sofrem com a concorrência da energia eólica.
– É uma judiação corrermos o risco de perder todo esse conhecimento que adquirimos durante anos e todo o investimento feito no Estado – concluiu a secretária.