? O ideal é o citricultor voltar a ser fruticultor e vender mais para o consumo, voltar a ser fornecedor de fruta de mesa ? disse Fontes.
Ele representou o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, em audiência pública da Comissão de Agricultura, na Câmara, e informou que a Secretaria e seus institutos de tecnologia estudam também uma forma de dar condições ao pequeno produtor para que seja também fabricante de suco natural.
O coordenador disse que o produtor de São Paulo amargou “recentemente” prejuízo de R$ 4,31 por cada caixa de laranja.
? Isso é bastante ruim ? comentou.
De acordo com Fontes, outro problema considerado “gravíssimo” para o setor em São Paulo, além do preço, é a questão fitossanitária. O coordenador disse que os custos com defensivos somam US$ 150 milhões por ano.
Além disso, segundo Fontes, mais US$ 130 milhões são usados na erradicação de doenças como greening e cancro.
? São dois problemas extremamente sérios que precisam ser enfrentados com muita ênfase. Isso tem preocupado muito a secretaria, e o secretário tem nos cobrado ações para ampliar a competitividade da indústria, porque os pequenos acabam sendo excluídos do setor ? avaliou.
Investimentos
Na opinião do diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gastão Grocco, que também participou da audiência, os investimentos na citricultura estão comprometidos por causa da falta de transparência do setor.
Segundo ele, há problemas com renda baixa e falta de conhecimento para administrar as propriedades, o que é agravado pela falta de informações sobre a evolução da indústria do setor – hoje o maior cliente dos citricultores. Com isso, disse Grocco, o produtor começa a se endividar e tem poucas chances de sanar suas finanças.