? Já conversamos sobre isso desde o final do ano e esperamos que saia alguma coisa, porque a safra já começou e é importante a gente saber o que virá ? disse Jank.
O presidente da Unica lembrou, no entanto, que a decisão pela tomada dos recursos por parte dos usineiros dependerá das condições financeiras e da contrapartida do setor sucroalcooleiro.
? O que importa são as condições desse financiamento, porque, dependendo dos juros, dos preços, da necessidade de contrapartida, poderá ser mais ou menos atrativo ? disse.
? Se vier a mesma coisa do ano passado não vai ser (atrativo), pois as empresas encontraram condições melhores no mercado ? concluiu.
No ano passado, o governo liberou R$ 2,31 bilhões para a estocagem de etanol, R$ 1,31 bilhão por meio do programa de financiamento operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e agentes financeiros. Para esse montante, as taxa de juros foram de 11,25% ao ano. As usinas e destilarias que contratassem o crédito deveriam dar como garantia o próprio combustível estocado no valor de no mínimo, 150% do saldo devedor.
O governo liberou ainda, à época, R$ 1 bilhão em recursos para estocagem via Banco do Brasil. No entanto, com as usinas em crise e com pouca capacidade de endividamento, os recursos tomados foram poucos. No setor, comenta-se que apenas a Copersucar S.A., trading formada pela cooperativa de usinas, que tinha sido recém-constituída, conseguiu captar um volume considerável de recursos e formar algum estoque de etanol por meio das linhas de financiamento federais.