O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que o governo atuou no momento certo para garantir o preço do milho e a renda ao agricultor com políticas de apoio à comercialização cerca de 30 dias antes da colheita da safra. Segundo ele, os leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) autorizados em portarias publicadas nesta quarta-feira, dia 19, no Diário Oficial da União serão capazes de atender até 11 milhões de toneladas de milho, dependendo das oscilações do mercado e do dólar. São R$ 500 milhões destinados aos programas. O primeiro leilão deve ser anunciado na terça-feira que vem, dia 25 de abril.
Outra portaria publicada nesta quinta autoriza o governo a operar com contratos de opção, que servem para repor estoques e balizar o mercado. São R$ 300 milhões destinados a este instrumento que deve atender mais de 1 milhão de toneladas de milho.
Neri Geller acredita que o governo conseguirá pagar entre R$ 3,50 e R$ 4 de prêmio. Por isso o indicativo de até 11 milhões de toneladas de milho, que seriam “suficientes” para atender o mercado nacional.
Tarifas de armazenagem
O Ministério da Agricultura ainda quer credenciar novos armazéns para estocagem de grãos. O foco principal é Mato Grosso, maior produtor nacional e que deve ter capacidade superior a 3 milhões de toneladas já nesta safra.
Uma das demandas dos produtores também já será atendida dentro de 10 dias. As tarifas de armazenagem pagas pelo governo ao produtor, que não são reajustadas há três anos, serão readaptadas. Geller confirmou que haverá um aumento equivalente à inflação. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve se reunir em breve para definir com exatidão esse índice.