A comercialização do produto fabricado no Brasil está estimada em 350 milhões de litros até o final do ano. Para evitar prejuízos, é necessário vender os 150 milhões de litros que vão sobrar no mercado interno.
? O crescimento da produção é muito maior do que a da comercialização, os estoques ficam altos e resulta em redução de preços, além de pressão no produtor de uvas. Há quatro anos que o preço mínimo da uva está congelado em R$ 0,46 o quilo ? afirma o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani.
Para reverter o cenário desfavorável, o setor já pensa em alternativas. A ideia é fazer campanhas publicitárias para estimular o consumidor a comprar o vinho nacional no lugar do importado. E, ao mesmo tempo, incentivar a exportação do produto.
O governo deve investir até R$ 39 milhões em leilões de Prêmio para Escoamento de Produto. O objetivo é apoiar o processo de destilação da atual safra de vinho.
? É o benefício indireto, na medida em que a gente procura escoar parte deste vinho que está em estoque, regulando melhor a oferta. Isso tende a refletir em preços melhores ao produtor rural ? explica o coordenador da Secretaria de Polícia Agrícola do Ministério da Agricultura, João Salomão.
Ainda não há data para os leilões. O Ministério da Agricultura aguarda o aval do Ministério do Planejamento para efetuar o mecanismo, que precisa ser feito antes do término desta safra.