Governo vai intervir para garantir preços de arroz e feijão, diz Rossi

Técnicos dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Casa Civil vão avaliar nova operação para sustentar valoresO governo federal vai intervir no mercado para garantir os preços mínimos do arroz e do feijão, disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Nesta terça, dia 1, técnicos dos ministérios da Agricultura, da Fazenda e da Casa Civil irão se reunir em Brasília para avaliar uma nova operação para sustentar o preço do arroz. A medida foi determinada pela presidente Dilma Rousseff (PT) que, na semana passada, em visita do Rio Grande do Sul, recebeu apelos de arrozeiros do Estado por meio do governador

? A presidente solicitou medidas e vamos realizar essa reunião para definir o que será feito para o arroz ? disse o ministro.

Da reunião deverá sair uma portaria interministerial para regulamentar novas operações para o arroz, pois a atual tem validade até esta segunda, dia 31. O preço mínimo do arroz determinado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de R$ 25,80 a saca de 50 quilos, mas o cereal é comercializado entre R$ 22 e R$ 23 na região Sul do país.

Na semana passada, a Conab negociou 100% da subvenção no leilão do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para 50 mil toneladas de arroz no Rio Grande do Sul. O PEP foi negociado com deságio de 1,25%, a R$ 4,72 a saca. Em troca do subsídio, o comprador do produto deve pagar ao produtor preço mínimo de R$ 25,80.

Ainda na semana passada, o coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais do Ministério, Sílvio Farnese, defendeu a realização de novos leilões de PEP, diante da quantidade elevada do cereal nos estoques públicos. Já a Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) negocia com o governo um pacote de medidas de R$ 750 milhões.

Feijão
O ministro da Agricultura afirmou ainda que as operações de intervenção para o feijão serão avaliadas antes do início da colheita da safra de verão, do chamado feijão das águas. A safra do feijão sequeiro, colhida até dezembro, foi prejudicada pelo clima e a qualidade do grão derrubou os preços para entre R$ 60 e R$ 70 a saca de 60 quilos, ante um preço mínimo de R$ 80 a saca.

?Com a oferta da nova safra os preços podem cair mais e o governo vai avaliar medidas para o feijão ? disse Rossi.