O assunto foi tratado pelos dois presidentes durante a Cúpula do Mercosul, realizada no início da semana, na cidade argentina de Tucumán. Na avaliação do presidente Lula, é preciso conversar com os argentinos, pois um acordo é importante para os interesses do Mercosul. Ele disse que é injusto chegar a um consenso que impeça o crescimento das economias dos países do bloco.
O Mercosul é considerado o responsável da vez pelas dificuldades em se chegar a um acordo comercial internacional na Rodada Doha. Mais protecionista que o Brasil, a Argentina resiste em abrir portas para produtos industrializados de países desenvolvidos. Esta é a principal moeda de troca para que as nações mais ricas abram o mercado para os produtos agrícolas das emergentes.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que é preciso pesar o quanto a região tem a ganhar e a perder com a Rodada Doha. Segundo ela, não se deve ter o que chama de clichês ideológicos nas negociações econômicas. Na avaliação de Cristina, é preciso analisar o que o acordo representa de vantagens, de trabalho e de qualidade de vida da população.