Nos próximos dias, os secretários executivos da área da indústria e comércio dos governos da Argentina, Eduardo Bianchi, e do Brasil, Alessandro Teixeira, também discutirão o assunto. Pela decisão, anunciada na quinta, dia 12, o processo de entrada de produtos argentinos no Brasil pode demorar até 60 dias para ser aprovado. Segundo informaram os técnicos, a medida inclui também México e Coreia do Sul.
De acordo com integrantes do governo argentino, a expectativa é que o Brasil suspenda as restrições como forma de assegurar o êxito das negociações. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, depois da China e dos Estados Unidos. O volume do comércio bilateral é de US$ 33 bilhões, segundo dados de 2010.
Ao ser perguntado sobre o assunto, Pimentel disse que a medida foi adotada para proteger a indústria nacional porque havia um desequilíbrio nas relações comerciais no que se refere ao setor de automóveis e autopeças.
? Não é um tema especificamente relacionado ao nosso comércio com a Argentina. É uma questão geral adotada pelo ministério como forma de proteger a indústria automobilística já que a balança neste setor está fortemente desequilibrada para o Brasil ? afirmou o ministro.
Desde o ano passado, os empresários brasileiros reclamam que a Argentina cria dificuldades para a liberação de mercadorias brasileiras que chegam a suas alfândegas. Em meio à controvérsia, caminhões brasileiros aguardam a decisão política para conseguir passar pela fronteira do Brasil com a Argentina.