A produção brasileira de grãos fechou o ciclo 2017/2018 com produção estimada em 228,3 milhões de toneladas, redução de 3,9% em relação à safra anterior. O número confirma a colheita como a segunda maior do país, atrás apenas que a registrada no ciclo 2016/2017.
Segundo o 12º levantamento, divulgado nesta terça-feira, dia 11, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada manteve-se próxima à estabilidade, com ligeira alta de 1,4%, passando de 60,9 milhões de hectares para 61,7 milhões de hectares.
Soja
A oleaginosa segue como importante destaque entre as culturas analisadas, apresentando crescimento de área e produtividade. O espaço destinado ao grão nas lavouras do grão atingiu 35,149 milhões de hectares, número 3,7% superior ao cultivado na safra 2016/2017. Essa alta aconteceu, sobretudo, em áreas destinadas à produção de milho 1ª safra, devido a melhor rentabilidade ao produtor.
Além disso, as condições climáticas foram favoráveis à cultura, apesar de a estiagem ter atrasado o plantio. Com isso, a oleaginosa registrou produção recorde, chegando a uma colheita de 119,3 milhões de toneladas, 4,6% superior à safra passada.
Algodão
Com o mercado favorecendo ao produtor, o algodão foi outro destaque positivo. Com uma área plantada de 1,17 milhão de hectares, o que representa um crescimento de aproximadamente 25%, a produção de pluma subiu 31,1% em relação ao ciclo anterior. A produção do algodão em caroço teve elevação de 30,8%.
Milho
O desempenho da safra atual só não foi melhor devido à produtividade que registrou queda, impulsionada, principalmente, pelo desempenho do milho segunda safra em quase todas as regiões brasileiras.
Segundo análise da Conab, o atraso no plantio da soja fez com que os agricultores perdessem a janela ideal para plantar, o que gerou impacto direto na produtividade. Além disso, a área destinada para o grão também diminuiu, uma vez que as condições de mercado não estavam tão favoráveis como em outros anos.
A produção do milho primeira safra está estimada em 26,8 milhões de toneladas, 12% inferior à safra passada, influenciada, principalmente, pela redução na área semeada. Para a safrinha do grão, a redução na área cultivada aliada ao forte estresse hídrico resultando em perdas de produtividade, resultou numa produção de 54,5 milhões de toneladas, 19,1% inferior à safra passada.
Trigo
Para o trigo, a estimativa de safra é de 5,2 milhões de toneladas, alta de 22,9% em relação ao período anterior. Com a semeadura concluída, a estimativa de área plantada é de 2 milhões de hectares, o que representa um aumento de 6,4%.