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Grãos: exportação de soja em maio surpreende, mas preços do milho preocupam

Crise política na Argentina e a forte desvalorização do real frente ao dólar em maio foram os principais estímulos à demanda pela oleaginosa brasileiraO mercado de grãos terminou a última semana  com preços firmes para a soja e mais baixa para o milho. Segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), maio registrou o maior volume embarcado da oleaginosa em um único mês. No caso do cereal, muitas praças já trabalham com valores abaixo do mínimo governamental, com muitos produtores já esperando apoio para comercialização do produto.

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Os preços da soja em grão estão firmes neste início de junho. Na última sexta, dia  5, o Indicador da soja Paranaguá Esalq/BM&FBovespa, na modalidade spot (pronta entrega), referente ao grão depositado no corredor de exportação, foi de R$ 67,98/sc de 60 kg, ligeiro aumento de 0,12% na parcial de junho.

A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador Cepea/Esalq, avançou 0,73% na parcial do mês, a R$ 63,42/sc no fim da última semana. Quanto às exportações de soja, em maio, surpreenderam agentes ao atingir o maior volume já embarcado em um único mês. Segundo pesquisadores do Cepea, a crise política na Argentina e a forte desvalorização do real frente ao dólar em maio foram os principais estímulos à demanda pelo grão brasileiro.

Diante de tal ritmo de exportação, os produtores, não satisfeitos com os preços, restringiram as vendas no spot e começaram a se focar nas compras de sementes, defensivos e fertilizantes para a temporada 2015/2016. A divulgação do Plano Safra também contribuiu para o aquecimento das compras de insumos.

Milho

Os preços do milho seguem em queda no mercado interno, pressionados pela oferta elevada. Na sexta-feira, 5, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), fechou a R$ 24,85/saca de 60 kg, queda de 0,25% no acumulado parcial de junho. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 24,41/sc, ligeira queda de 0,3% no mês.

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Segundo pesquisadores do Cepea, por enquanto, os fundamentos indicam mais para valores abaixo do mínimo governamental nas regiões produtoras de segunda safra do que para inversão da atual tendência. Conforme a colheita avança, principalmente no Paraná, as informações vindas do campo vão confirmando produtividade muito acima da média.

No Cerrado brasileiro, o elevado volume de chuva atrasa a colheita, mas favorece as lavouras implantadas mais tardiamente e que ainda estão em desenvolvimento. Com as desvalorizações das últimas semanas, os preços do cereal registram novos mínimos do ano em algumas praças de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e no Triângulo Mineiro. Como os valores já estão abaixo do preço mínimo oficial em algumas regiões, produtores têm expectativa de apoio para a comercialização nesta temporada.

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