Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a segunda-feira, dia 11, com preços em baixa. Conforme o analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque, o mau humor prevalece no mercado, com dúvidas sobre a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e uma possível nova paralisação do governo norte-americano na próxima sexta-feira, dia 15.
Além disso, os números divulgados para o Reino Unido foram negativos, com queda na estimativa de Produto Interno Bruto e de produção industrial.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 9,05 (-9,50 cents)
- Maio/2019: US$ 9,19 (-9,50 cents)
O mercado brasileiro teve uma segunda-feira de poucos negócios. As cotações ficaram mistas no país, diante dos movimentos contrários da Bolsa de Chicago, que teve alta para a soja, e do dólar, que também subiu.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 74,50
- Cascavel (PR): R$ 72
- Rondonópolis (MT): R$ 66,50
- Dourados (MS): R$ 68,50
- Santos (SP): R$ 77,50
- Paranaguá (PR): R$ 78
- Rio Grande (RS): R$ 77
- São Francisco (SC): R$ 77
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Café
O mercado brasileiro teve uma segunda-feira de preços pouco alterados. Apesar das fortes perdas do arábica na Bolsa de Nova York e do robusta em Londres, a alta do dólar limitou o efeito negativo no Brasil.
O dia foi de negociações travadas, com compradores e vendedores cautelosos.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Em Nova York, o café arábica encerrou as operações da segunda-feira com preços mais baixos. O dia foi novamente de aversão ao risco nos mercados, com pressão de vendas nos futuros de commodities.
O dólar subiu contra outras moedas, o petróleo caiu e outros mercados sucumbiram também, com o arábica seguindo o movimento.
Segue a preocupação global com a crise comercial entre Estados Unidos e China.
A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 100,20 (-2,40 cents)
- Maio/2019: US¢ 103,30 (-2,30 cents)
Na Bolsa de Londres, o robusta fechou em baixa. Segundo traders, o mercado caiu acompanhando a desvalorização do arábica em NY, as perdas do petróleo e de outras commodities.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
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- Março/2019: US$ 1.504 (-US$ 26)
- Maio/2019: US$ 1.528 (-US$ 22)
Milho
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado foi influenciado negativamente pelo fraco desempenho das inspeções de exportação norte-americanas, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A queda do petróleo e a alta do dólar também pesaram negativamente.
As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 743,5 mil toneladas na semana encerrada no dia 7 de fevereiro. Na semana anterior, haviam atingido 901,2 mil toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 846,5 mil toneladas.
No acumulado do ano-safra, iniciado em 1º de setembro, as inspeções somam 23,2 milhões de toneladas, contra 15,7 milhões de toneladas no acumulado da temporada anterior.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,72 (-1,50 cent)
- Maio/2019: US$ 3,80 (-1,50 cent)
O mercado interno abriu a semana com preços estáveis e com poucas novidades. Os consumidores se deparam com dificuldades na aquisição de lotes mais representativos oriundos de outras regiões produtoras, quadro que deve se acentuar conforme avança a colheita da soja.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 37
- Paraná: R$ 35,50
- Campinas (SP): R$ 42
- Mato Grosso: R$ 23,50
- Porto de Santos (SP): R$ 38,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 37,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
Boi gordo
Apesar do ritmo ainda lento, aos poucos os negócios vão acontecendo, informa a Scot Consultoria. No levantamento desta segunda-feira foram registradas seis valorizações para o boi gordo, considerando o preço a prazo.
Destaque para o Rio de Janeiro, cuja cotação do boi subiu 1,1% e está, em média, em R$ 142,50, à vista, livre de Funrural. Na região as escalas de abate atendem cerca de três dias.
“Esta foi a primeira vez em fevereiro em que não houve desvalorização em nenhuma praça e, mesmo com a ainda baixa movimentação no mercado, esse movimento reflete a dificuldade em adquirir matéria-prima”, dizem analistas da Scot.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 152,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 138
- Dourados (MS): R$ 139
- Mato Grosso: R$ 132,50 a R$ 138
- Marabá (PA): R$ 130
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,15 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150
- Paragominas (PA): R$ 134,50
- Tocantins (sul): R$ 134
- Veja a cotação na sua região
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou esta segunda-feira, dia 11, cotado a R$ 3,7630 para venda, alta de 0,80%. Neste quarto pregão em elevação, a moeda reagiu ao movimento de aversão ao risco global em meio as preocupações com a guerra comercial entre os Estados Unidos e China. Nesta semana, representantes dos dois países se reunirão para negociar.
Com a volta do mercado asiático aos negócios, após uma semana fora em comemoração ao ano novo lunar na China, a semana começou com a cautela prevalecendo no mercado global. “Influenciada, principalmente, pela tensão quanto a guerra comercial entre norte-americanos e chineses que têm até 1 de março para chegar a um acordo comercial, antes que os norte-americanos elevem as tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em importações chinesas”, comenta o economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
“O exterior fez essa pressão no câmbio hoje, tanto que o real ficou equiparado com o movimento de queda das principais moedas [de países] emergentes, que também foram influenciadas pelo recuo do petróleo”, comenta o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.
Nesta terça-feira, dia 11, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções do mercado se voltam à Pequim, onde está a delegação do governo norte-americano para uma nova rodada de conversas com a China sobre a guerra comercial e ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell.
“É sempre importante acompanhar o Powell. Vamos ver se ele manterá o discurso do último comunicado do Fed, reiterando a ‘paciência'”, diz Spyer.
O diretor da Mirae reforça que o viés da moeda ainda deve ser de alta, com o mercado em “compasso de espera” pela reforma da Previdência e tendo o trade war como pano de fundo.
Bolsa de São Paulo
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão em queda de 0,98%, aos 94.412 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.
Previsão do tempo para terça-feira, dia 12
Sul
A frente fria segue avançando e aumenta o volume de chuva desde o norte gaúcho até o Paraná. Ainda não se descarta o potencial para temporais, especialmente entre Santa Catarina e Paraná, com trovoadas, descargas elétricas e eventual queda de granizo.
Os maiores acumulados ficam concentrados entre o noroeste gaúcho e o oeste catarinense, sob a influência de duas áreas de baixa pressão atmosférica no interior do continente.
Outro destaque é que, após a passagem da frente fria, o céu fica nublado e a chuva ocorre a qualquer momento em todo o Rio Grande do Sul. Com isso, as temperaturas despencam, influenciadas por ventos que sopram do quadrante Sul.
No litoral gaúcho e litoral catarinense, as rajadas de ventos devem ultrapassar a casa dos 80 km/h.
Sudeste
A aproximação de uma frente fria deve provocar temporais até o fim da terça-feira sobre o estado de São Paulo, especialmente no oeste e sul, onde ficam concentrados também os maiores acumulados.
Em contrapartida, a massa de ar seco segue avançando e deixa o tempo firme sobre a maior parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Os ventos devem ultrapassar os 70 km/h em São Paulo, especialmente na região metropolitana.
Centro-Oeste
Ainda chove em praticamente toda a região, com exceção do extremo norte de Goiás, onde uma massa de ar seco avança e diminui a chance de chuva em municípios que fazem divisa com a Bahia.
O risco para temporais persiste sobre todo o Mato Grosso do Sul devido a uma combinação de instabilidades no interior do continente. O calor segue intenso nos três estados, além do Distrito Federal.
Nordeste
A chuva persiste nas áreas mais ao norte da região, com volumes mais expressivos entre Maranhão e Piauí, onde a chuva deve ocorrer acompanhada por trovoadas e descargas elétricas.
Na maior parte da Bahia, o sol aparece entre poucas nuvens.
Norte
As pancadas de chuva persistem em praticamente toda a região, especialmente na faixa oeste, onde os acumulados são mais expressivos. Em Roraima, o tempo fica firme.