A retomada das renovações começou no ano passado, e a previsão para o plantio de 2013, que termina em maio, é de reformar 11 mil hectares e ainda avançar mais quatro mil de áreas novas. Não se trata de uma rotação, mas uma sucessão dentro de uma janela de seis meses entre a tirada da cana antiga e o plantio da nova.
O produtor Ademir Ferreira de Melo Júnior está renovando 1,3 mil hectares de canaviais. Ele plantou soja e está surpreso com a produtividade que chegou a 60 sacas por hectare em média, contra 48 sacas em outras áreas. Com isso, vai pagar o custo da cana e ainda sair no lucro. Tudo graças aos avanços com as novas variedades e tecnologias que auxiliam a fazer esta safra no tempo certo.
Na região de Campo Florido, a chegada da usina Coruripe, em 2001, abriu um ciclo da cana-de-açúcar com fornecedores independentes. A região tradicional em pecuária e grãos saiu de zero para 55 mil hectares de canaviais. Agora, mais de 10 anos depois, já são 50 produtores que devem entregar mais de 3,2 milhões de toneladas de cana.
Durante o ciclo de consolidação dos canaviais na região do Triângulo Mineiro, os produtores passaram por altos e baixos. Na crise durante a safra 2008/2009, os preços chegaram a ficar abaixo do custo de produção. A falta de recurso para investimento provocou o envelhecimento dos canaviais. Agora, na atual fase de recuperar a produtividade com a reforma na lavoura, apenas as chuvas estão atrasando um pouco o trabalho no campo.