O prejuízo é resultado dos cerca de 150 navios que estão parados nos portos, aguardando liberação para carregar ou descarregar mercadorias e, por isso, gerando perda financeira para exportadores e importadores. Segundo Castro, o custo de US$ 12 milhões é relativo somente ao pagamento de armazenagem, considerando-se o custo médio de US$ 40 mil por navio parado.
O dirigente da AEB disse que as estatísticas de comércio exterior estão deturpadas.
— A importação está muito baixa, claramente em consequência da greve. Os produtos vêm para o Brasil, mas demoram a ser registrados como importação. Enquanto isso, as empresas estão pagando armazenagem por essas mercadorias que estão no porto, paradas. Isso tem um custo adicional para as empresas.
Na exportação, o presidente da AEB avaliou que o atraso no embarque pode ocasionar multa ou até mesmo cancelamento do contrato por atraso na entrega da mercadoria. Além disso, na exportação, quando se utiliza carta de crédito, ela tem um prazo de validade.
— Se eu não consigo embarcar dentro daquele prazo, ela (empresa) perde a garantia. Ou seja, deixa de ter garantia de pagamento e o importador vai pagar, se quiser pagar — ressaltou.
Outro fator negativo que a greve traz é para a imagem do Brasil. Segundo observou Castro, as greves no país têm sido, ultimamente, muito frequentes e longas.
De acordo com a AEB, as greves da Receita Federal, Anvisa e Ministério da Agricultura foram iniciadas, respectivamente, nos dias 18 de junho, 9 de julho e 6 de agosto deste ano.