Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Greve no Incra atinge 28 das 30 superintendências no país, segundo sindicalistas

Após anúncio do corte do ponto dos grevistas anunciado pelo governo, alguns retomaram as atividades, mas a maioria permanece paralisadaA greve dos servidores públicos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está causando a paralisação dos serviços que o órgão presta à população em quase todo o Brasil. A situação se repete em 28 das 30 superintendências do Incra, conforme relatos de sindicalistas que estão em Brasília. Com o corte do ponto dos grevistas anunciado pelo governo, alguns resolveram retornar ao trabalho, embora a maioria ainda permaneça paralisada.

De acordo com um dos líderes do movimento, a 28ª superintendência a aderir à greve foi a de Roraima, nesta terça, dia 10. Agora, apenas as de Sergipe e Alagoas não participam da paralisação. Os números não são contestados pela presidência do Incra em Brasília, que aceitou dialogar com os líderes do movimento . O presidente do instituto, Celso Lacerda, se reuniu com o comando nacional dos grevistas na manhã de segunda, dia 9, quando tratou do corte de ponto dos servidores. Ele disse que estava analisando com a equipe o comunicado do Ministério do Planejamento sobre o assunto e que ainda não havia uma posição definitiva a respeito. Segundo a Confederação das Associações Nacionais de Servidores do Incra (Cnasi), Lacerda alega que não tem intenção de prejudicar os servidores, embora precise acatar as determinações de órgãos superiores.

O acerto é que a presidência do Incra iria manter contato com o ministério e outros órgãos federais para saber quais providências seriam adotadas por estes, bem como quais as alternativas possíveis nestes casos. O comando nacional de greve argumenta que o movimento é legal e cumpriu todos os prazos e pré-requisitos determinados pela legislação.

As lideranças da manifestação entregaram também à presidência do Incra uma cópia da nota do Ministério do Planejamento sobre o desconto de dias parados no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A nota cita que, em caso de greve, apenas sete dias deveriam ser cortados por mês. Os sindicalistas entendem que a nota tenha validade para todos os órgãos, embora seja de um caso específico do FNDE.

Segundo um dos diretores da Cnasi, Reginaldo Marcos Aguiar, o Incra tem 5.500 servidores e atende diretamente a 10 milhões de pessoas, mas trabalha precariamente porque está desestruturado para cumprir sua missão.

– Dor orçamento de R$ 4 bilhões do Incra, houve corte de R$ 1 bilhão pelo governo e, por isso, não conseguimos atender à população como deveríamos. No ano passado, a meta era assentar 50 mil famílias e só foram assentadas 20 mil. Este ano, quase nenhum assentamento foi feito – explicou.

Aguiar também comentou sobre a regularização das 50 áreas quilombolas mais importantes, das três mil existentes, assim como também a regularização fundiária de milhões de pessoas. Segundo ele, as principais reivindicações são a reestruturação dos órgãos do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a ampliação do orçamento de R$ 4 bilhões para R$ 6 bilhões e a contratação de quatro mil servidores por concurso público.

Aguiar também critica a diferença entre os recursos que são destinados ao setor da agricultura familiar por meio do Plano Safra ( que destinou, neste ano, R$ 18 bilhões), na área do Incra e do MDA, e para os grandes produtores rurais via Ministério da Agricultura (R$ 111 bilhões para o Plano Agrícola e da Pecuária), o que, segundo ele, demonstra a diferença de tratamento que o governo dá às classes mais altas e baixas.

Sair da versão mobile