Nesta quinta, dia 21, será relembrado o “Grito do Ipiranga”, um protesto realizado há 10 anos por produtores rurais de Mato Grosso. Eles pedem melhores condições de trabalho no campo, redução de impostos e uma política agrícola bem definida. São esperadas 2,5 mil pessoas.
O repórter Marcelo Lara está em Ipiranga do Norte, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Herança Nativa, e mostra o local onde ocorrerá a manifestação e confraternização dos produtores. Ele conversou com o patrão do CTG local, José Sadi Noro.
Noro, que também é produtor rural, conta que as reivindicações serão apresentadas antes do meio-dia. Depois disso, os participantes terão para o almoço 55 leitões assados em churrasqueiras preparadas para a ocasião. “Depois disso, vai ter show, o que será bacana porque a coisa não está muito fácil para a agricultura neste ano”, lamenta o patrão do CTG.
De acordo com o prefeito de Ipiranga do Norte, Pedro Ferronato, cerca de 40% das lavouras do município foram perdidas pela seca, em decorrência do fenômeno climático El Niño. Por conta disso, o presidente do sindicato rural da cidade, Valcir Batista, afirma que o Grito do Ipiranga deste ano não será uma comemoração. “Investimos muito e esperávamos uma supersafra. Infelizmente, ela foi afetada e alguns produtores acumularam prejuízo”, disse Batista.