O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Rondônia, Lazaro Aparecido, disse que, se não houver mudanças no modelo de educação oferecido à população rural, a agricultura familiar vai continuar perdendo mão de obra.
? Necessitamos de um modelo de educação que fortaleça a permanência do jovem no campo, pois só existe educação para que ele seja empregado e, assim, ele sai da roça para estudar e não volta mais ? disse Lazaro.
Com relação a Rondônia, Aparecido disse que um dos principais problemas enfrentados pelos pequenos agricultores é falta de regularização fundiária.
? A pessoa produz há 25 anos, mas não tem acesso a politicas públicas para agricultura, por não ter posse da terra ? observou ele.
Em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, os manifestantes fizeram um ato em favor da reforma agrária, com o assentamento emergencial de 150 famílias acampadas, além de cobrar acesso a financiamentos do governo e politicas sociais para a juventude do campo.
Aproximadamente 5 mil agricultores ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Terra (Contag) estão em Brasília participando do Grito da Terra, que adotou o slogan Por um Brasil Sustentável, Sem Miséria. Pela manhã, uma comissão de representantes da Contag foi recebida pela presidente Dilma Rousseff . Outra comissão participou da primeira reunião da Subcomissão Temporária de Erradicação da Miséria e Redução da Pobreza, da Comissão de Direitos Humanos do Senado.