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Grupo empresarial aguarda mudanças na legislação para aumentar investimentos no Brasil

Projeto de lei que diminui restrições de compra de terras por estrangeiros no país estimula o El Tejar, um dos maiores conglomerados do continente na produção de grãos

Fonte: Embrapa/Divulgação

O grupo de origem argentina El Tejar, um dos maiores na produção de grãos da América Latina, aguarda mudanças na legislação brasileira para intensificar as atividades no país. O El Tejar opera no Brasil desde 2003, e atualmente concentra suas atividades agrícolas em Mato Grosso. 

Nesta safra, devem cultivar 130 mil hectares, entre soja, milho e algodão. Nos últimos três anos, foram investidos no agronegócio do país cerca de US$ 75 milhões.

Em 2010, uma decisão da Advocacia Geral da União proibiu a compra de terras por estrangeiros. O projeto de lei que diminui as restrições para a compra de imóveis por empresas de outro país ainda está tramitando no Congresso.

De acordo com o diretor-presidente do grupo, Carlos Ismael Turban, os investidores vinculados à empresa estão sempre atentos a mudanças nessa limitação. “Temos concreto interesse na medida em que a legislação mude”, afirma ele.

Na safra 2015/2016, o grupo deve cultivar 77 mil hectares de soja em Mato Grosso, 60% deles em áreas próprias. Cerca de 90% das lavouras já foram cultivadas, com a expectativa de uma produtividade média 55 sacas por hectare, 8% a mais que na temporada anterior.

O diretor de operações da empresa, Edson Vendruscolo, demonstra preocupação com a janela de plantio na região. “Em compensação, nós estamos um pouco mais confortáveis com relação à qualidade da operação que estamos fazendo aqui”, diz.

A produção total para esta safra deve chegar a 560 mil toneladas de grãos e fibras. Um terço desse volume é exportado, e o restante fica no mercado interno. O objetivo é chegar á colheita com um total comercializado de 50% a 70%. O diretor comercial do El Tejar, Ivan Rasador Koning, afirma que a empresa segue um modelo de construção de preço anterior à retirada do produto do campo.

“Antes mesmo de plantar, quando estamos negociando os insumos no início do ano, fazemos algumas estruturas e vendas e, com isso, a gente se beneficia de uma taxa futura do dólar melhor, mais alta, que reduz o custo. Nós estamos a 1.800km dos portos, então a logística influencia muito no custo de produção dos grãos”, conta Koning.

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