Grupo Miolo concretiza fusão de empresas vitivinícolas

Miolo Wines S/A será a controladora de todos os empreendimentos da companhiaO Grupo Miolo concluiu a operação de fusão iniciada em outubro de 2009, a partir da aquisição conjunta da Vinícola Almadén com as famílias Randon e Lovara.  Através de nota divulgada para a imprensa, a empresa anunciou a criação da Miolo Wines S/A, que será a controladora de todos os empreendimentos do grupo, reunindo participações das famílias Miolo, Randon e Benedetti/Tecchio.

Segundo nota, a fusão torna o grupo mais forte e preparado para atender um mercado cada vez mais promissor, na medida em que o Brasil passa por um momento importante de crescimento econômico. Além disso, de acordo com a empresa a fusão proporcionará uma maior penetração nos mercados internacionais (atualmente os produtos Miolo são exportados para mais de 30 países). Um dos objetivos é chegar em 2020 com 30% da produção destinada ao mercado internacional.

O grupo também se prepara para chegar em 2020 com faturamento anual de R$ 500 milhões. Segundo a nota, dessa forma a empresa consolida sua posição como líder nacional na produção de vinhos finos e espumantes, visando estar entre os três maiores grupos de vinhos da América do Sul. Em oito anos, a empresa projeta elaborar e comercializar, por ano, 20 milhões de litros de vinhos finos e espumantes, um milhão de litros de brandy e possuir dois mil hectares de vinhedos próprios.

? Estou muito satisfeito em ver que a nossa empresa, de centenária tradição vitivinícola, cresceu muito nesses últimos anos e agora com essa importante fusão terá a possibilidade de se tornar uma grande empresa a nível mundial ? afirma o presidente do Conselho de Administração da empresa, Darcy Miolo.

O grupo, de capital fechado, integrará quatro empresas de produção em três regiões brasileiras: Vinícola Miolo (Vale dos Vinhedos/RS), Projeto Seival Estate e Vinícola Almadén (Campanha/RS) e Vinícola Ouro Verde (Vale do São Francisco/BA), além da comercializadora Miolo Wine Group.

Atualmente, o novo grupo possui 1,2 mil hectares de vinhedos próprios, produção de 12 milhões de litros de vinhos finos e espumantes e 300 mil litros de brandy, além de um quadro de 650 funcionários diretos. O faturamento previsto para 2011 deve atingir R$ 120 milhões.

 ? Nós trabalhamos intensamente nestes últimos dois anos o conceito da fusão das empresas vinícolas, seguindo o exemplo ensinado pelo empresário Raul Randon. Isso possibilitará ganhar musculatura para enfrentar os desafios de competir no mercado de consumo ? afirma o integrante do Conselho de Administração, João Benedetti.

Segundo o integrante do Conselho de Administração, Raul Randon, o negócio do vinho no Brasil é muito jovem e promissor e é preciso que as empresas invistam para desenvolver o setor. Conforme o superintendente do grupo, Adriano Miolo, a fusão propiciará uma série de sinergias nas questões financeira, tributária, de produção, de mercado e de portfólio.

? O grupo contará com três marcas fortes, a Miolo fortalecerá seu conceito de marca de vinhos Premium. A Terranova, com conceito jovem e inovador e a marca Almadén será potencializada no seu conceito de excelente relação custo-benefício ? afirma.

O novo modelo também impulsionará a empresa a dar continuidade à sua trajetória de crescimento ocorrido na última década. Antes do ano 2000, a Miolo faturava menos de R$ 1 milhão e chegou em 2010 com faturamento de 100 milhões, crescendo cem vezes em 10 anos. De acordo com a nota, a empresa pretende crescer mais cinco vezes nesta década.