Grupo de mulheres ligadas ao MST deixa fazenda de família da senadora Kátia Abreu em Tocantins

Segundo o movimento, a ocupação ocorrida nesta quinta foi um ato político, de manifestação contra a utilização das terras para monocultivoO grupo de mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e à Via Campesina que ocupou a Fazenda Aliança deixou o local na noite desta quinta, dia 7, de acordo com informações do MST. A fazenda é propriedade do deputado Irajá Abreu (PSD-TO), filho da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e uma das principais porta-vozes dos produtores rurais no Congresso

Segundo o MST, a ocupação ocorrida nesta quinta foi “um ato político, de manifestação contra a utilização das terras para monocultivo, contra o modelo do agronegócio, que tem violentado trabalhadores e trabalhadoras e de apoio à reforma agrária”. O movimento também se mostrou contrário ao plantio de eucalipto e o uso de agrotóxicos.

“De forma simbólica, destruímos o viveiro de eucalipto e o substituímos por sementes de abóbora, feijão e mandioca, que matam a fome do brasileiro”. O movimento questiona a plantação de eucalipto para reflorestar o local. “O conceito de reflorestamento conserva a biodiversidade. Para cultivar o eucalipto é preciso matar tudo para cultivá-lo. Esse ato serve também para expor a forma como a senadora tem utilizado as férteis terras tocantinenses”, disse o MST.