Guarani-kaiowás reivindicam terras com indenização aos proprietários em Mato Grosso do Sul

Equipe de reportagem do Canal Rural foi a única televisão a entrar numa fazenda ocupada nas últimas semanas em JaporãA equipe de reportagem do Canal Rural foi a única televisão a entrar numa fazenda ocupada pelos índios guarani-kaiowás nas últimas semanas em Mato Grosso do Sul. O repórter Sebastião Garcia e o cinegrafista Robson Custódio foram recebidos pelos indígenas e mostram como eles vivem e como ficaram as fazendas depois da ocupação. >>Veja fotos da mobilização dos produtores e dos índios que ocupam as fazendas>>Equipe do Canal Rural visita áreas de conflito na região de Japorã>>Veja outras notícias sob

Eles vivem numa área de aproximadamente 1,6 mil hectares, que formam a aldeia Porto Lindo, ou Ivicatu, na língua guarani. Na aldeia há escola e os índios plantam culturas de subsistência como milho e mandioca. Mas eles argumentam que o território não é mais suficiente para manterem suas famílias. Por isso eles pedem a ampliação da área em mais 7,4 mil hectares de terras vizinhas. Eles alegam que a reivindicação tem mais de 10 anos, e não é mais possível esperar, por isso as ocupações.

Um dos porta-vozes escolhidos pelos índios, Awa Guatani, diz que os índios não querem mais assistencialismo do governo. Para ele, uma vez que o governo lhes garanta as áreas que eles reivindicam, não haverá necessidade de cestas básicas e inclusão nos programas sociais do governo federal.

Uma das fazendas ocupadas visitadas pela equipe, a Fazenda Chaparral, tinha 1,4 mil cabeças de gado, que foi retirado pelos proprietários. No campo de pastagem, as famílias indígenas montaram barracas de lona; O curral, a casa sede e o galpão estão conservados. Eles dizem que não têm interesse na estrutura física da fazenda, o que querem é a terra.