Eles vivem numa área de aproximadamente 1,6 mil hectares, que formam a aldeia Porto Lindo, ou Ivicatu, na língua guarani. Na aldeia há escola e os índios plantam culturas de subsistência como milho e mandioca. Mas eles argumentam que o território não é mais suficiente para manterem suas famílias. Por isso eles pedem a ampliação da área em mais 7,4 mil hectares de terras vizinhas. Eles alegam que a reivindicação tem mais de 10 anos, e não é mais possível esperar, por isso as ocupações.
Um dos porta-vozes escolhidos pelos índios, Awa Guatani, diz que os índios não querem mais assistencialismo do governo. Para ele, uma vez que o governo lhes garanta as áreas que eles reivindicam, não haverá necessidade de cestas básicas e inclusão nos programas sociais do governo federal.
Uma das fazendas ocupadas visitadas pela equipe, a Fazenda Chaparral, tinha 1,4 mil cabeças de gado, que foi retirado pelos proprietários. No campo de pastagem, as famílias indígenas montaram barracas de lona; O curral, a casa sede e o galpão estão conservados. Eles dizem que não têm interesse na estrutura física da fazenda, o que querem é a terra.
Na última quinta, dia 31, a Justiça concedeu reintegração de posse da Fazenda Chaparral, mas ainda não foi definida uma data da desocupação.
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