— A cogeração é um dos nossos focos principais de investimento neste momento — diz.
Outro foco de investimento da Guarani é o plantio e renovação de canavial. A empresa pretende colher 17,5 milhões de toneladas de cana na safra 2012/2013 ante 16,3 milhões de toneladas da safra anterior.
A safra da companhia deverá ser inferior à estimativa de 18,3 milhões de toneladas feita no início de 2012, em função dos problemas climáticos. Costa acredita, porém, que parte desta redução de volume pode ser compensada pelo maior teor de açúcar que está sendo obtido durante a moagem da cana.
— Estamos registrando um crescimento de até 4% no volume de açúcar — disse Costa, no intervalo do seminário sobre cenários de açúcar, etanol e energia, promovido nesta quarta, dia 9, pela empresa, em São Paulo.
O executivo afirma também que o mix de produção de açúcar e etanol ainda não está definido e vai depender da quantidade de cana disponível e também do mercado. Segundo ele, se os preços do etanol voltarem a ficar mais competitivos, a empresa deverá produzir mais etanol.
Costa acrescentou que o setor sucroalcooleiro já tem condições de abastecer o mercado de etanol anidro que é misturado à gasolina com uma fatia de 25%, ante os atuais 20%, o que, para ele, seria um incentivo para os produtores plantarem mais cana-de-açúcar, o grande gargalo do setor neste momento.
A empresa informou ainda que a produção de etanol em Moçambique em conjunto com a Petrobras Biocombustível apenas terá início depois que o país africano aprovar o marco regulatório do etanol, o que ainda não ocorreu. Costa afirmou que os investimentos da ordem de US$ 20 milhões serão realizados quando a demanda estiver confirmada. A expectativa é de que a produção de etanol da empresa atenda o mercado interno de Moçambique a ser criado por este marco regulatório.