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Guido Mantega diz que preço da gasolina é movido pelo parâmetro internacional

Falta de previsibilidade sobre reajuste nos valores do combustível de petróleo pode influenciar negativamente o setor de etanolO ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta, dia 18, que parâmetro para os reajustes da gasolina e dos combustíveis da Petrobras é o preço internacional do petróleo. Segundo ele, mesmo com o aumento recente, ainda não foi possível absorver todo o impacto da elevação da moeda americana.

– O parâmetro é caminhar em direção ao preço internacional do petróleo. É um preço igual ao [preço] internacional. [Este nivelamento deve ocorrer] quando há uma discrepância e quando se tem sobressalto de câmbio.

Situação inversa, disse, ocorre quando não houver alteração no preço internacional.

– É só ver que, em maio, os preços estavam equiparados e em linha aos preços internacionais – disse.

Há sete meses, o Federal Reserve (Fed) – Banco Central dos Estados Unidos – “desalinhou o câmbio” ao decidir manter a indicação de que poderia retirar os estímulos à economia americana. A decisão não se concretizou, mas abalou os mercados financeiros internacionais: houve elevação no preço do dólar e consequentemente pressão no preço do petróleo. Mantega também destacou que, no período, não foi possível absorver toda a mudança ocorrida do câmbio.

– Neste ínterim, tivemos uma aumento [de combustíveis], mas não foi possível absorver [a diferença] de uma hora para outra. Já pensou se os preços dos combustíveis estivessem ao sabor do câmbio? Isso atrapalharia muito a economia. Então, [há] um trajeto a ser percorrido e caminhamos em direção à paridade – disse. A seu ver, mudança brusca no preço da gasolina e do diesel poderia desequilibrar o controle da inflação.

Mantega, no entanto, deixou claro que esta é um decisão da Petrobras. Indagado por jornalista durante o encontro de fim de ano, ocorrido hoje com a imprensa, se a decisão também não passava por ele, Mantega disse que não. Conforme disse, a decisão sobre o preço dos combustíveis estatutariamente é da esfera da presidenta da Petrobras, Graça Foster, e da diretoria da empresa.

No início deste mês, a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, criticou a falta de clareza na metodologia de precificação do preço da gasolina pela Petrobras e avaliou que, se as regras para os aumentos nos preços do combustível de petróleo fossem divulgadas, o mercado de etanol seria favorecido.

– A falta de previsibilidade e a ausência e de regras para gasolina são a maior angústia do setor de etanol. O setor avalia que reajuste da gasolina seguirá submetido à política econômica – disse a executiva.

Elizabeth ainda cobrou que as regras de formação do preço da gasolina levassem em conta o preço do mercado internacional do petróleo, a variação cambial, entre outros fatores.

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