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Guido Mantega lista sete vantagens do Brasil frente à crise

Ministro avalia que tensão econômica se agravou e deve perdurarCom um discurso cada vez menos otimista sobre a crise financeira internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nessa terça, dia 21, pela primeira vez, a possibilidade de realizar cortes no orçamento, por conta das turbulências que atingem o mercado mundial. Seus principais auxiliares da área econômica também adotaram uma fala mais cautelosa.

Mas tanto Lula quanto Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, e Guido Mantega, ministro da Fazenda, ressaltaram que o país tem armas para lidar com a crise financeira.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Mantega listou sete vantagens que o Brasil tem em relação à maioria dos outros países: economia dinâmica, grande potencial do mercado interno, reservas elevadas, compulsório elevado, reservas de petróleo e gás, exportação diversificada com menor abertura comercial e regulamentação financeira (confira ao lado).

? Passamos de uma crise séria, para uma crise muito mais séria, para uma crise grave. O crédito secou completamente e se tornou difícil para as empresas renegociarem os títulos vincendos ? avaliou o ministro.

Mantega analisou que a crise reflete no Brasil, principalmente, em cinco itens: travamento do financiamento externo das exportações, falta de dinheiro para as empresas brasileiras, encarecimento do crédito doméstico, perdas nos mercados de ações e redução na estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto em 2009.

? Acho que esta crise vai se prolongar. Continuará havendo volatilidade nos mercados, mas eu sinto uma acomodação ? disse o ministro.

Semelhante comportamento foi adotado por Meirelles e Lula. O presidente do BC revelou que já foram usados US$ 22,9 bilhões para tentar impedir o avanço do dólar, que ontem fechou em alta de 4,99% ? a R$ 2,231. Depois de ressaltar que a crise é “severa e séria”, Meirelles afirmou que as linhas de financiamento às exportadoras via Adiantamento de Contrato de Câmbio já começam a se normalizar.

Lula vincula corte no Orçamento à arrecadação

Em São Paulo, Lula, que no início do mês dizia que a crise chegaria ao Brasil apenas como uma “marolinha”, dessa vez informou que não pode assegurar os recursos previstos para seus ministérios, caso a crise alcance o país.

? Não posso assumir o compromisso com vocês de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vá manter todo o dinheiro de todos os ministérios como está. Até porque, se a União arrecadar menos, vai ter menos dinheiro para todo mundo ? afirmou o presidente.

A Receita Federal informou que a arrecadação foi de R$ 55,663 bilhões em setembro, recorde para o mês. Lula explicou que não tem planos de “vender ilusão”. Mas procurou amenizar as preocupações com o avanço da crise, argumentando que a turbulência chega ao Brasil “muito mais leve” do que nos países desenvolvidos.

Nessa terça, o presidente dos EUA, George W. Bush, convidou Lula para um encontro com outros líderes ? dos países do G-8 e de emergentes ? em novembro, para discutir mecanismos que evitem no futuro uma crise financeira como a atual.

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