Dados preliminares dos projetos de cinco das usinas do Complexo Tapajós, disponíveis no sistema de licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mostram que as áreas de reservatório dessas hidrelétricas somarão 1.980 km², área 30% maior que a cidade de São Paulo.
Juntas, essas usinas têm potência de 10,5 mil MW, quase uma Belo Monte, a maior hidrelétrica brasileira, com 11,2 mil MW, recentemente leiloada. Em comparação, Belo Monte irá inundar 516 km² na criação do reservatório.
No plano que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou à consulta pública na terça-feira, o Complexo Tapajós aparece como responsável por quase a terça parte do aumento da oferta de energia no País na próxima década.
? Acho muito pouco, o que estamos propondo é um mínimo de devastação ? defende Luiz Fernando Rufato, superintendente da Eletronorte, referindo-se à área a ser alagada.
A estatal bancou os estudos de viabilidade dos empreendimentos ao lado das empreiteiras Camargo Corrêa e CNEC Engenharia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.