O principal destino do etanol de MS foi os Estados Unidos, que adquiriram 99,4% do total produzido. O escoamento do etanol por hidrovia chega a representar a metade dos custos em relação ao transporte do produto por ferrovia e o sistema de transporte rodoviário triplica os recursos utilizados em relação ao hidroviário.
Segundo dados mostrados por especialistas, o transporte rodoviário representa um custo de R$ 120,00 de frete para cada tonelada em distancia de mil quilômetros. Já o custo por hidrovia tem custo de R$ 40,00. Em relação ao consumo de combustível, o transporte rodoviário tem uso de 15 litros para cada tonelada por mil quilômetros, enquanto o ferroviário utiliza seis litros e o hidroviário usa somente quatro litros.
– Temos o benefício econômico e menor gasto energético. Além disso, o sistema de escoamento do etanol por dutos e hidrovias vai diminuir os gargalos do transporte terrestre – disse o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Transpetro, Fabiano Tolfo, durante o Seminário de Logística, Infraestrutura e Agronegócio, em Campo Grande (MS).
Tolfo apresentou o projeto que vai ligar terminais do interior de São Paulo ao terminal de Aparecida do Taboado, na região do Bolsão de MS. O transporte hidroviário também foi defendido pelo gerente de Desenvolvimento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), José Renato Fialho, que falou da situação da hidrovia Tiete Paraná. A Antaq é a autarquia especial vinculada ao Ministério dos Transportes e a Secretaria de Portos que desempenha a função de entidade reguladora e fiscalizadora das atividades portuárias e de transporte aquaviário.
– O que temos feito é propor regras para operação nas barragens para melhorar todo o sistema de transporte – diz Fialho.