A previsão do Operador Nacional do Sistema (ONS) é que haja uma redução entre 4% e 5% na demanda no horário de pico, cerca de 2 mil MW. No Sudeste e Centro-Oeste, a redução na demanda deve chegar a 1.790 MW, o que equivale a uma cidade com cinco milhões de habitantes. Já na Região Sul, a estimativa de redução é de 528 MW, suficiente para abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes.
O principal objetivo do horário de verão é a redução da demanda máxima durante o horário de pico de carga do sistema elétrico brasileiro. A mudança de comportamento dos consumidores associado com o retardo do início da utilização da iluminação pública reduz a coincidência do consumo de energia elétrica acarretando queda do consumo nos horários de pico no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Como conseqüência ocorre uma maior segurança e confiabilidade operativa do sistema nas horas mais críticas, minimizando a necessidade de investimentos para atendimentos sazonais em áreas localizadas, evitando-se também a sobrecarga nas linhas de transmissão, subestações, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia.
Além do Distrito Federal, a medida abrange os mesmos estados dos últimos dois anos: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essa abrangência é explicada pelo fato de ser possível um aproveitamento mais eficiente da luz solar nessa época do ano nesses estados.
A mudança de horário no período do verão é um recurso adotado por diversos países do Hemisfério Norte (de março a outubro) e do Hemisfério Sul (outubro a março). Entre eles estão grande parte da Europa, os Estados Unidos, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Comitê
Na reunião do comitê, o ONS apresentou aos membros do Comitê as condições de atendimento eletroenergeticas do SIN. Os níveis de precipitações ocorridos entre junho e agosto estão compatíveis com a época do ano, não sinalizando qualquer dificuldade no período de estiagem. Portanto, os cenários projetados indicam condições normais de atendimento.
O CMSE avaliou ainda a aplicação dos procedimentos operativos de segurança para os cenários de referência de afluência (Nível Meta). Pela análise dos dados apresentados pelo ONS ficou mantido o atual despacho de geração.
A CCEE apresentou aos membros do Comitê os resultados do primeiro Leilão de Energia de Reserva. Em resumo, 31 usinas negociaram no leilão, totalizando, aproximadamente, 2.380 MW de capacidade. O montante negociado atingiu a cifra de 10,7 bilhões de reais.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi criado pela lei 10.848, de 2004, com a função de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o território nacional.