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Conab: tomate e batata apresentam queda das cotações no atacado em março

Comportamento do mercado para os dois produtos foi detectado em praticamente todos os estados, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

Duas das principais hortaliças – batata e tomate – apresentaram movimento de queda nas cotações em março. A alface teve comportamento variável, influenciada por fatores climáticos. A análise faz parte do 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado nesta terça-feira, dia 17, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
 
Das cinco hortaliças analisadas, a batata e o tomate tiveram queda de preços em praticamente todos os mercados. Para a batata a exceção foi o entreposto de Fortaleza (CE), onde o tubérculo apresentou alta, porém de pouca magnitude (2,29%). 
 
Para o tomate, as exceções foram no mercado da capital paulistana, onde o aumento de preço foi de 5,87%, e na Ceasa-RJ/Grande Rio, com incremento de 4,16%.
 
A cenoura teve queda de preço em março somente nos mercados da região Nordeste: em Recife (PE), de 3,38% e em Fortaleza, de 8,17%. Nos demais entrepostos a alta ocorreu em porcentuais significativos. O maior foi em São Paulo (SP), de 17,82%, seguida de Goiânia (GO), com 16,57%. 
 
Para a cebola, o preço na maioria dos mercados repetiu o aumento de janeiro e fevereiro, porém de menor intensidade do que no mês anterior. No Rio de Janeiro e em Vitória (ES), os preços chegaram a cair, mas em porcentuais pequenos, 2,16% e 1,79%, respectivamente. 
 
Os preços da alface tiveram comportamento variável, sendo influenciados pelas condições climáticas locais, informa a Conab no boletim. Nos mercados atacadistas de São Paulo, Brasília (DF) e Fortaleza, as cotações da alface apresentaram queda de 17,40%, 30,71% e 7,38%, respectivamente. Em Goiânia, os preços mantiveram-se estáveis e nos outros quatro mercados analisados os preços tiveram alta, em alguns casos expressivos. O maior aumento foi no Rio de Janeiro (45,37%), seguido do incremento verificado em Belo Horizonte (MG), de 33,96%, informa a Conab.
 
A Conab salienta que essas cinco hortaliças (tomate, cenoura, batata, cebola e alface) são as com maior representatividade na comercialização nas Ceasas e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).
 
Frutas
 
No segmento de frutas, o estudo também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).
 
Em março, a banana apresentou alta de oferta e alta de preços, principalmente da variante nanica do Vale do Ribeira (SP), a partir da segunda quinzena de março. “As exportações continuam a se recuperar em relação ao ano passado”, diz a Conab.
 
A laranja registrou elevação de preços e da oferta no país, em meio à intensificação da colheita de laranjas precoces da safra 2018/19 no estado de São Paulo. Segundo a Conab, vários contratos já começam a ser fechados para moagem nas indústrias a partir de junho.
 
O mamão teve grande alta de preços na maioria das Ceasas. Somada à queda da oferta, o desempenho da fruta melhorou a rentabilidade ao produtor. “A queda da oferta esteve ligada à baixa qualidade decorrente das fortes chuvas nos últimos meses e do aumento dos custos com fungicidas, além dos baixos investimentos no ano passado, sobretudo para as lavouras de papaia”, observa a Conab. 
 
A maçã registrou queda de preço e aumento da oferta da maçã gala, que teve a colheita finalizada em março. Também houve avanço da colheita da maçã fuji, que promete ter safra com maçãs de boa qualidade. 
 
A melancia apresentou alta na oferta e nos preços na maioria das Ceasas em março. A colheita no estado de São Paulo e em Teixeira de Freitas (BA) continua ativa, em contraposição ao fim da safra gaúcha, com finalização da colheita em Bagé (RS), e início da colheita em algumas regiões de Uruana (GO). 
 
Conforme a Conab, o volume de exportação de frutas no Brasil em março foi 16,9% maior em relação a igual mês de 2017. A receita cambial em dólares aumentou 21,46%. Houve crescimento do volume das exportações de melão, banana, maçã, abacate e laranja, e continuidade de queda para mamão e melancia.
 
O boletim é feito mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas espontaneamente por grandes mercados atacadistas do país. Para esta edição, foram considerados os entrepostos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal.

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