As medidas de restrição da circulação de pessoas, que atingem feiras, restaurantes e merenda escolar influencia negativamente a demanda do setor de hortifrúti, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio.
“Os impactos mais negativos ocorrem para produtos mais perecíveis (como folhosas, tomate, banana e manga, por exemplo) e, além disso, para pequenos produtores e agricultores familiares que dependem de uma cadeia mais longa de comercialização e estão apresentando dificuldades logísticas”, informa.
Por outro lado, já não se verificam problemas de abastecimento para os consumidores, com produtores suprindo as centrais de abastecimento e os supermercados, aponta a Cogo.
Para as frutas, a paralisação das escolas afeta o segmento – a merenda escolar representa uma parcela expressiva da demanda. “Há uma concentração de compras por parte dos consumidores de frutas mais acessíveis e com menor perecibilidade, como banana, laranja de mesa e maçã e retração de aquisições daquelas com valores mais elevados e/ou mais perecíveis, como, por exemplo, mamão, melão, manga e uva de mesa.
O Brasil exportou no 1º trimestre deste ano 234 mil toneladas de frutas, 2% menos que em igual período do ano anterior. Houve queda no embarque de laranja (58%), uva (44%), manga (23%) e melão (8%). Apesar da redução, algumas frutas apresentaram crescimento significativo, como abacate (126%), maçã (56%) e limão (46%).
“Há uma redução global no consumo de frutas com a pandemia de Covid-19”, diz a consultoria.