De acordo com pesquisas do Centro, o mercado de frutas deve sentir os impactos positivos e negativos do coronavírus devido a limitação no comércio
A disponibilidade de laranja deve continuar aumentando em abril no estado de São Paulo. Apesar de frutas do grupo das precoces já terem sido comercializadas em março, neste mês, a oferta dessas variedades deve ser um pouco maior, compensando a baixa disponibilidade de laranja pera.
Isso porque, segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, parte das frutas deve atingir um estágio de maturação mais próximo do demandado pelo mercado de mesa. Ainda assim, este não deve ser um cenário de oferta elevada, já que o pegamento das primeiras floradas foi limitado. Assim, o movimento de alta nos preços da fruta, verificado até o mês passado, pode ser interrompido.
A demanda, por sua vez, deve sentir os impactos positivos e negativos do coronavírus, apesar de os cítricos terem consumidores cativos nos supermercados, que buscam fortalecimento da imunidade, há de se considerar que o mercado institucional (merendas e refeições empresariais) e o food service (restaurantes e lanchonetes), importantes canais de escoamento da fruta, devem continuar com funcionamento restrito.
No caso da lima ácida tahiti, com o avanço da maturação das frutas de segunda florada, a oferta ainda deve ser alta entre abril e o início de maio, com boa qualidade – diante das chuvas regulares em março. Ainda assim, deve ser menor do que o volume disponibilizado no primeiro trimestre do ano, período de pico de safra. Neste cenário, uma oferta consistente e de padrão satisfatório pode continuar favorecendo as exportações da fruta, caso a demanda externa siga firme.