O cancro cítrico registrou redução de 38% em 2021 em comparação com o ano anterior. A doença está presente em 10,76% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, o que corresponde a 21 milhões de plantas, de acordo com o mais recente levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
Apesar disso, informa o fundo em comunicado, períodos chuvosos exigem atenção ao manejo adequado. “A menor prevalência do cancro cítrico nos pomares não indica que o produtor pode relaxar nas medias de manejo da doença, pois sua fase crítica começa na primavera e vai até o fim do verão”, destaca o Fundecitrus.
“Como a ocorrência de chuvas acompanhadas de ventos é a principal forma de disseminação da bactéria que causa o cancro cítrico, a redução da doença já era esperada por causa do clima desfavorável e intensa estiagem no cinturão desde 2020”, explicou na nota o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau.
“É provável que o cancro cítrico continue presente nas propriedades e que, durante o período chuvoso, novas infecções aconteçam se o pomar não estiver adequadamente protegido”, alertou Behlau. “Hoje, é possível neutralizar ou minimizar as perdas pelo cancro cítrico utilizando até 70% menos água e produto. Com o avanço das pesquisas, o controle se tornou mais eficiente e sustentável”, acrescentou o pesquisador.
A presença da doença foi menor na maioria das regiões em 2021. As maiores incidências estão em Votuporanga (45,78%) e São José do Rio Preto (37,99%), já as menores nas regiões de Altinópolis (0,43%), Itapetininga (1,53%) e Porto Ferreira (1,28%).