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SP: produção de brócolis tem espaço para crescer

Na Itália, em média, são consumidos sete quilos por pessoa anualmente, enquanto no Brasil o número cai para apenas um quilo

Fonte: Fernanda Farias/Canal Rural

No Brasil, a produção de brócolis movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano. E o setor quer mais. Para isso, os produtores apostam em tecnologia e em campanhas para conquistar mais consumidores.

Há mais de 20 anos, Roberto Foga produz brócolis. São quase 500 hectares em terras próprias e arrendadas, a maioria na região de Itupeva, interior de São Paulo. Com a experiência que tem na atividade, ele afirma que o consumo vem crescendo no país.

“A demanda tem aumentado, e a oferta tem acompanhado, pelo menos neste período de inverno. Eu acho que o consumo vai crescer em torno de 5% ao ano”, diz Foga.

E não é só impressão. O consumo em alta está puxando a produção nacional. De acordo com a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, cerca de 50% dos brócolis produzidos na América do Sul brotam no Brasil, o que representa 290 mil toneladas por ano e um rendimento anual de R$ 1,2 bilhão. O número é alto, mas ainda não é o ideal.

“Eu diria que estamos engatinhando em relação ao consumo. Só para dar um exemplo, a Europa é um grande consumidor. os italianos estão consumindo em torno de sete quilos de brócolis por ano, enquanto que nós brasileiros consumimos um quilo. Então a gente percebe como pode crescer esse mercado”, afirma Paulo Koch, diretor de marketing da Sakata.

E é de olho neste potencial de crescimento que as empresas estão investindo em novas tecnologias. O desenvolvimento de novas sementes é o carro-chefe.

“A importância da semente é garantir a produção. No fim das contas, o consumidor acaba tendo um produto de alta qualidade, e isso acaba envolvendo toda a rede do agronegócio. Então, a partir de uma boa semente, é possível ter ótimos produtos, não só para o produtor, mas também para o consumidor”, diz o pesquisador de sementes Felipe Oliveira.

No local de trabalho do pesquisador, vários testes são desenvolvidos antes de uma variedade ser lançada no mercado. As pesquisas levam anos para serem concluídas.

“Leva cerca de 8 a 10 anos, no caso do brócolis. Isso porque a gente precisa testar em diversas condições climáticas do país e em diversas regiões na América do Sul. Depois, a gente vê a adaptação ao clima e só então lança comercialmente”, afirma Oliveira.

No Brasil, a variedade mais popular é a do brócolis ninja. Campanhas de conscientização sobre os benefícios dessa hortaliça podem estimular o consumo de outras variedades.

“Não tem contraindicação. O brócolis é rico em fibra, em nutrientes, em vários componentes que são antioxidantes. Portanto, é um ótimo coadjuvante na prevenção do câncer”, diz Koch.

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