Safra de tomate anima produtores do interior de SP

Em Mogi-Guaçu, clima ajudou no desenvolvimento e na qualidade do fruto, que está chegando a bom preço à Ceagesp

Fonte: Divulgação/Pixabay

Produtores de tomate de Mogi-Guaçu, interior de São Paulo estão otimistas com a safra que começa a ser colhida. O clima local ajudou no desenvolvimento e na qualidade do fruto. E essas características devem refletir no preço, que está bom para os produtores.

Dono de uma plantação com 15 mil pés, José Francisco Batista analisa o tomateiro e diz que o clima ameno com chuva na medida certa ajudou no cultivo: “Água na lavoura é tudo. E a chuva vai ajudar também na umidade do ar para a planta se desenvolver. Importante é que tudo está na medida certa. Se for em excesso, já começam a aparecer outros problemas, como fungo e bactéria”.

Para o produtor, a expectativa é que as vendas desta safra superem a anterior, porque o tomate saiu bem manchado do campo pelo excesso de chuva entre os meses de maio e junho. “Para tomate italiano, é uma ótima produção”, diz Batista.

O agrônomo Enéas Rodrigues afirma que o clima não só ajudou na produtividade, mas também contribuiu para o controle de pragas. Principalmente a mosca-branca, transmissora de um vírus que impede a nutrição da planta: “Devido à temperatura baixa, a incidência de praga é menor. E, devido à ausência de chuva, a incidência de fungo é menor também. Então, fica propício para a cultura”.

De Mogi-Guaçu para a Ceagesp, em São Paulo, onde a maioria dos agricultores entregam os produtos, o tomate tem sido vendido entre R$ 40 e R$ 60 a caixa com 20 quilos. Preço bom para o produtor e também pra quem revende.

“É muito bom para o cliente e para a empresa também. Enquadra-se perfeitamente ao sistema de vendas. E ambos ganham conforme esse preço estipulado”, diz o gestor de vendas Ivan Vieira.

Depois de uma última safra ruim, os revendedores também estão otimistas com os bons produtos que estão para chegar: “A gente conhece várias regiões com produção, e a gente traz produção com qualidade para atender o cliente, porque sabemos que há pouca produção no mercado e nas roças por ai”, afirma Vieira.