Os produtores catarinenses ampliaram a produtividade chegando a uma média de 29,7 toneladas por hectare, porém não é raro encontrar produtores que colheram mais de 50 toneladas por hectare. Os números são divulgados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) no Boletim Agropecuário deste mês.
Santa Catarina tem mais de 20 mil hectares destinados ao cultivo de cebola, 36% de toda área plantada de cebola do país. Com a alta na produtividade – o rendimento foi 46,9% superior ao da última safra – e o aumento na área plantada, os produtores colhem a maior safra da história.
Em regiões como Campos de Lages e Joaçaba a produtividade superou as 48 toneladas por hectare e as colheitas foram de, respectivamente, 8,9 mil toneladas e 11,2 mil toneladas. Sem contar a maior região produtora: Ituporanga encerrou a safra 2016/17 com 233 mil toneladas produzidas em 8,1 mil hectares.
Para a próxima safra, as estimativas do Cepa/Epagri são de que haja uma redução na área plantada, devido, principalmente, às dificuldades de mercado enfrentadas pelos produtores. Porém sem maiores impactos na produção, que deve girar em torno de 573,9 mil toneladas. Ituporanga deve colher 222 mil toneladas em 7,9 mil hectares.
O secretário da Agricultura Moacir Sopelsa está otimista com os bons resultados do agronegócio catarinense. “Tivemos uma safra extraordinária em vários produtos, além do desempenho do setor de carne, carro chefe do agronegócio catarinense, e isso é bom para a economia do nosso estado, movimenta vários setores e reflete na renda dos pequenos municípios catarinenses”.
Um grande mercado para as cebolas produzidas em Santa Catarina é a Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa/SC). Em maio, a Ceasa/SC comercializou 1,3 mil toneladas de cebola, sendo que 97,6% tiveram origem em 29 municípios catarinenses, com destaque para Alfredo Wagner, Angelina e Rancho Queimado.