Os preços dos alimentos monitorados pelo Índice da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) subiram 0,67% em novembro, impulsionados, principalmente, pela alta do setor de frutas. Em outubro, o indicador havia avançado 2,73%.
De acordo com a companhia, aspectos sazonais e efeitos climáticos negativos, como o excesso de chuvas em regiões produtoras do Sul e do Sudeste, prejudicaram o volume ofertado e a qualidade de alguns produtos.
Na contramão, os legumes e o setor de diversos mantiveram a trajetória de queda, enquanto o segmento de verduras, com preços próximos ao custo de produção, apresentou ligeira recuperação.
Estratificação
Em novembro, o setor de frutas subiu 1,93%. As principais altas foram do abacate (34%), carambola (22,1%), laranja lima (15,4%), banana prata (11,7%) e goiaba (10,9%). Já as principais quedas foram do morango (-28,7%), caju (-13,1%), figo (-12,8%), uva niagara (-11,9%) e abacaxi havaí (-9,4%).
No setor de verduras houve avanço de 0,94%. As principais altas foram do coentro (89,1%), rabanete (28,8%), brócolis (24%), almeirão PA (23,1%) e nabo (21,2%). As principais quedas foram do milho verde (-18,5%), alho poró (-12,5%), cebolinha (-10,3%) e brócolis ninja (-7%).
Quanto ao setor de pescados, este subiu 2%. As principais altas foram do atum (27,8%), tainha (23,9%), lula (16,1%), corvina (15,7%) e espada (11,3%). As principais quedas foram da anchova (-18,6%), robalo (-14,7%), pescada goete (-10,2%) e cascote (-4,3%).
Já o setor de diversos recuou 7,42%. As principais quedas foram da batata lisa (-23,8%), batata comum (-21,4%), ovos brancos e vermelhos (-5,6%), amendoim (-3%) e canjica (-2,9%). A principal alta foi da cebola nacional (18,1%).
Por fim, o setor de legumes caiu 4,23%. As principais baixas foram do pimentão amarelo (-42,1%), tomate cereja (-40%), abóbora seca (-22,9%), abóbora japonesa (-21,1%) e tomate (-16,4%). As principais altas foram da ervilha torta (78%), inhame (41,6%), abobrinha italiana (27,1%) e cará (25,7%).
Perspectiva
Para o economista da Ceagesp, Flávio Godas, novas altas deverão ocorrer em dezembro no índice, notadamente no setor de frutas, cuja demanda aumenta neste período. “Com a chegada do verão, estação que registra chuvas mais constantes e intensas com temperaturas elevadas associadas, a alta dos preços deve se estender a maioria dos produtos, principalmente aqueles mais sensíveis às condições climáticas adversas.
O volume comercializado no entreposto de São Paulo subiu 0,76% em novembro de 2016. Foram comercializadas 275.689 toneladas ante 273.618 negociadas em novembro de 2015. Foi o segundo resultado mensal positivo no ano.
No acumulado de janeiro a novembro, porém, o saldo ainda é muito ruim. Foram negociadas 2.905.158 toneladas em 2016 ante 3.080.248 comercializadas em igual período de 2015, queda de 5,68% ou de 175.090 toneladas.