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Hortifrúti

Vagas de trabalho: colheita da maçã no RS gera 12 mil empregos temporários

Trabalhadores estão alocados nas propriedades rurais e contam com condições de segurança para evitar contágios em meio à pandemia da Covid-19

O Rio Grande do Sul deve colher entre 550 e 580 mil toneladas de maçã nesta safra, projeta a Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi). Isso representa um crescimento bastante expressivo frente aproximadamente 430 mil toneladas colhidas no ano passado. Com o aumento na produção, o setor abriu milhares de vagas de trabalho temporárias.

O presidente da Agapomi, José Sozo, destaca que o crescimento na produção gaúcha se dará principalmente em função da melhora no tamanho e peso dos frutos. No ano passado, com a forte seca, as maçãs ficaram menores e mais leves.

De acordo com Sozo, a região de Campos de Cima da Serra responde por cerca de 85% da produção do estado. Para dar conta do trabalho de campo no ponto certo da fruta, produtores contrataram cerca de 15 mil trabalhadores temporários, sendo pelo menos 12 mil vindos de fora da região.

“Alguns vão desistindo no meio e voltando para casa. Vamos fazer a reposição, mas não chega a 10% [dos contratados]. Estamos em plenas condições de fazer a colheita”, destaca Sozo. Ele afirma que a colheita está mais ou menos na metade, devendo chegar a dois terços do total na semana que vem.

E é gente vinda de vários lugares do país. Segundo ele, há índios de Mato Grosso e moradores do Nordeste, que costumavam descer para ajudar na colheita da laranja entre dezembro e janeiro. “Eles descobriram que descendo mais 800 km ao sul teriam trabalho garantido por mais alguns meses”, conta.

Como as cidades não dão conta de receber toda essa gente, os trabalhadores que vêm de fora são alojados nas propriedades, perto dos pomares onde está a produção a ser colhida. Sozo destaca que foi estabelecido um protocolo de segurança junto ao governo estadual e às prefeituras para garantir as condições de segurança em meio à pandemia da Covid-19.

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