Em 2002 o governo estabeleceu o congelamento dos preços dos produtos da cesta básica e, desde então, há conflito com os empresários. Os produtores alegam que a medida afeta a competitividade do setor de alimentos. O governo afirma que a ocupação das fábricas é de caráter temporário e está prevista na lei de Soberania Alimentar.
De acordo com o ministro de Agricultura venezuelano, Elias Jaua, as empresas estão deixando de produzir o arroz branco para burlar o congelamento de preços imposto pelo Executivo a todos os produtos da cesta básica. No lugar desse produto, as indústrias estariam processando outros tipos de arroz que não são afetados pelo tabelamento. O governo da Venezuela advertiu as empresas de que pode expropriá-las caso elas resistam a continuar produzindo sob as regras federais.
De acordo com a empresa de alimentos Polar, uma das maiores do país, 16 mil toneladas de arroz já foram retidas na sexta, dia 27, por autoridades venezuelanas de um silo no Estado de Guárico (região central). A empresa emitiu comunicado em que classifica a medida como “ilícita e arbitrária” e anunciou que recorrerá aos tribunais.