Dos 5,2 mil hectares de grãos plantados numa fazenda, 3,6 mil hectares estão dentro das terras indígenas Maraiwatsede, dos índios Xavantes. A Operação Soja Pirata foi iniciada no fim do mês de março e não tem prazo para término, segundo o coordenador da fiscalização do Ibama/MT, Rodrigo Dutra.
? As áreas embargadas são terras que foram desmatadas e o Ibama detectou irregularidade. Tomamos a medida com o objetivo de recuperar a área, porém, o acordo não foi cumprido ? explicou Dutra.
Segundo o coordenador, nas áreas fora da terra indígena, o Ibama autorizou a colheita para evitar o apodrecimento dos grãos. Contudo, o órgão acompanha carga a carga até o armazém onde o grão está apreendido. Nas áreas no interior da Terra Indígena a Justiça Federal também autorizou colheita, mas com acompanhamento e apreensão do grão por parte do Ibama.
Estão tramitando os devidos processos administrativos que decidirão sobre a destinação final que será dada aos grãos apreendidos.
De acordo com o órgão, o total de áreas embargadas em Mato Grosso até abril é de 531.075,99 hectares, sendo correspondentes a 1.881 autos de infração expedidos.