Ibama busca maior integração com universidades e centros de pesquisa

Objetivo é maior agilização nos processos de licenciamento e controleO Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está buscando uma maior agilização em todos os processos de licenciamento e controle, sem perda de qualidade. "Esse é o grande desafio", segundo o presidente do órgão, Roberto Messias Franco. Para atingir esse objetivo, Messias está buscando integrar as universidades e centros de pesquisa nacionais à parte técnica da política ambiental.

? Queremos trazer para dentro da política ambiental o saber que tem nas universidades e academias. Para poder ter, então,  a prática ligada com os conceitos, com o desenvolvimento e o trabalho  nas fronteiras do conhecimento, que é próprio das universidades ? destacou.

O Ibama já possui um  acordo de cooperação técnica com a Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com a Universidade Federal de Lavras (MG). Já existem  negociações em curso para o estabelecimento de parcerias com  a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília.

A idéia do presidente do Ibama é estender essa cooperação “a todos os centros universitários importantes do país, porque nós acreditamos que as pessoas e as equipes que trabalham na pesquisa na fronteira  do conhecimento são o grande apoio científico e tecnológico para decisões administrativas que nós vamos tomar”. A aproximação com a academia e os pesquisadores é uma diretriz do ministro Carlos Minc, assinalou Messias.

O coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças  Globais (Ivig) da UFRJ, Marcos Freitas, informou à Agência Brasil que a Coppe contribui com a análise de projetos pelo Ibama de três formas. Uma delas é  voltada para a capacitação.

A Coppe identifica com o Ibama as áreas em que há necessidade de reforço na parte de conhecimento tecnológico para colaborar com especialistas. A entidade elabora também notas técnicas, cruzando informações com especialistas nacionais e, inclusive, de outros países.

Freitas informou ainda que a integração entre o Ibama e os técnicos da Coppe ocorre também no âmbito da engenharia de produção, numa relação direta com as diretorias do órgão ambiental, visando acelerar o processo de licenciamento.

? A Coppe possui 350 doutores em seu quadro de pesquisadores, além de mil doutores colaboradores. Mesmo assim, a instituição necessita, algumas vezes, buscar especialistas dentro da própria universidade e em outros centros de pesquisa do país para responder às questões levantadas pelo Ibama ? afirmou Marcos Freitas.

O presidente do Ibama debateu na última sexta, dia 26, questões ligadas ao licenciamento ambiental com professores e estudantes da Coppe, no auditório do Ivig.