Como marco do término dos trabalhos, mil cabeças de gado que eram criadas irregularmente na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, e em outras localidades embargadas pela fiscalização, foram retiradas do município, que é líder da lista das 43 cidades brasileiras que mais desmatam a Amazônia.
Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, o coordenador geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, considerou que a operação foi bem sucedida, e atribuiu a ações como esta e à Operação Boi Pirata 1, que aconteceu na Terra do Meio, também no Pará em 2008, o menor índice anual de derrubada da floresta dos últimos 20 anos, em 2009.
Para ele, o maior resultado destas ações é a criação de marcos exemplares.
? A grande mensagem que esta operação traz para toda a Amazônia é que, agora, quem fizer o processo de desmatamento ilegal para a implantação de pecuária extensiva, corre o risco de ver todo esse investimento cair por terra, uma vez que o Ibama pode apreender esse gado que está sendo aplicado de forma ilegal ? disse.
Barbosa acrescentou que esta foi a maior operação já realizada pelo Ibama.
? Foi a maior, a que mais recursos aéreos utilizou, que mais gente utilizou. A participação da Força Nacional de Segurança Pública foi fundamental, teve a contribuição dos órgãos do governo do Pará. O Mato Grosso contribui, agora, para a destinação do gado, o Ministério do Desenvolvimento Social, o governo da Bahia, todos foram importantíssimos para essa boa conclusão ? destaca.
As mil cabeças de gado foram distribuídas para programas sociais dos governos do Pará, de Mato Grosso e da Bahia. De acordo com o coordenador, o Ibama já preparou, no final do ano passado, a terceira e a quarta edições da Operação Boi Pirata para 2010, mas não há previsão de data para o início dos trabalhos. Os locais também não foram revelados.
O custo da Operação Boi Pirata 2 foi de aproximadamente R$ 2 milhões. Além do gado apreendido, estão embargados 50 mil hectares de terras, que o Ibama deve continuar monitorando por satélite. Caso sejam identificadas novas clareiras na floresta, o órgão não descarta a possibilidade do retorno das equipes ao local.