Os responsáveis serão multados em R$ 8,9 milhões, terão as áreas embargadas e devem responder por crime ambiental na Justiça. A ação foi executada para averiguar informação levantada pelo Ibama de que os créditos gerados em uma área de exploração autorizada estariam sendo utilizados para ocultar madeira ilegal oriunda de outras áreas.
Perto da propriedade onde havia a exploração ilegal, dois caminhões carregados de madeira em toras foram apreendidos devido a diferenças entre os volumes e as espécies transportadas e os dados constantes das Guias Florestais apresentadas pelos caminhoneiros no momento da fiscalização. Os caminhões e a madeira que transportavam foram conduzidos para o município de Sinop (MT), onde estão depositados sob a responsabilidade da Gerência Executiva do Ibama no município.
A situação encontrada pela fiscalização ilustra bem a dinâmica da ocupação do solo feita de forma ilegal na Amazônia, primeiro vem a exploração seletiva de madeira, realizada sem critérios no que tange à conservação da área e que provoca grandes danos à floresta nativa. Depois de esgotadas as árvores de interesse comercial, o desmatamento a corte raso é realizado, muitas vezes com o uso do fogo, uma vez que a floresta degradada se torna muito mais suscetível a incêndios, e em seguida tem início a produção agropecuária na área.