Ibama prepara estudo sobre impacto de defensivos à saúde do agricultor

Objetivo é analisar como o produto é utilizado hoje pelo agricultor e apontar a melhor maneira de lidar com o defensivoO Brasil tem o maior mercado consumidor de agrotóxicos do mundo. Para saber como os produtos são aplicados em cada cultura e quais os impactos à saúde do agricultor, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) está elaborando um mapeamento em todo o país.

Um estudo do Ibama revelou que a maioria dos produtos aplicados hoje nas lavouras brasileiras é altamente tóxica. A pesquisa levou em conta os níveis de perigo ao meio ambiente. Ainda assim, todos têm a comercialização permitida.

? Essas quatro classes são condições para o registro. Existe uma quinta classe, que é impeditiva de registro, aí nesse caso ele não seria registrado. Essa classificação vai ao rótulo do produto, justamente para dar esse alerta ao usuário do produto ? explica Márcio Freitas, do Ibama.

A preocupação das autoridades é com o manuseio correto de fungicidas, inseticidas e herbicidas.

? O ponto hoje que precisa de mais ênfase é a educação, saber utilizar. Eu sempre falo que agrotóxico é uma ferramenta e como qualquer ferramenta tem que ter um profissional habilitado para utilizar ? defende o coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Rangel.

O produtor rural Genésio Miller é cauteloso: ele utiliza cerca de seis litros de agrotóxicos nos 460 hectares de soja, a cada ciclo da cultura. E não dispensa cuidados na hora da aplicação.

? Os mais perigosos é usado máscara, equipamento, botina, chapéu, óculos. Todos os equipamentos são rigorosamente exigidos durante a aplicação ? diz Miller.