Em uma ação da Operação Arca de Noé, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) levou os bichos para o zoológico da capital federal.
Um laudo do órgão ambiental determinou a interdição do circo por falta de segurança para o público e maus-tratos aos animais ? entre os quais duas girafas, cinco elefantes, chimpanzés, pôneis, um rinoceronte e um hipopótamo.
Funcionários que haviam se acorrentado aos rebocadores tiveram as correntes arrebentadas e foram arrastados da frente dos veículos. Artistas do circo, funcionários e até um adolescente de 13 anos que formavam uma barreira humana para resistir à operação foram retirados à força.
? É uma arbitrariedade ? protestou o advogado Luiz Sabóia, que tentou em vão negociar uma trégua com os fiscais e policiais militares requisitados para dar suporte à operação.
Sabóia exibia uma liminar da Justiça de Brasília, concedida em 2 de agosto, que considerava as condições de alojamento dos animais satisfatórias e derrubava os efeitos da interdição anterior, emitida pelo Ibama no final de julho. Mas o Ibama fez nova inspeção e emitiu novo laudo. Para o advogado, foi uma “maneira esperta” do órgão de não cumprir a decisão judicial.
De origem francesa, o Le Cirque está radicado no Brasil desde a década de 1970, com sede em Santa Catarina. O espetáculo é variado, mas a grande atração são os mais de 30 animais, das mais diferentes espécies.