INSETICIDA

Ibama restringe uso de tiametoxam devido a riscos para abelhas

Agroquímico não está entre os agrotóxicos mais vendidos no Brasil

Produtores do Litoral formam associação para incentivar criação de abelhas sem ferrão
Foto: Denis Ferreira Netto/Sedest

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou a restrição do uso agrícola do inseticida tiametoxam, após uma reavaliação ambiental iniciada em 2012. A decisão, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, proíbe a pulverização aérea e terrestre não dirigida do defensivo agrícola devido ao risco de causar danos às abelhas e outros insetos polinizadores.

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A medida mantém a permissão de uso localizado no solo para culturas específicas, como abobrinha, café, cana-de-açúcar, melão, melancia, pepino, algodão, amendoim, arroz, cevada, feijão, girassol, milho, soja, sorgo, trigo e tomate, este último permitido na bandeja de mudas e esguicho.

Entretanto, diversas culturas foram excluídas do uso do tiametoxam, incluindo batata, cebola, citrus, eucalipto, pastagens e uva, devido aos riscos ambientais identificados durante a reavaliação, que durou mais de 10 anos.

O tiametoxam não está entre os agrotóxicos mais vendidos no Brasil, com 4,8 mil toneladas comercializadas em 2022, conforme relatório do Ibama. A decisão proíbe a pulverização aérea e terrestre não dirigida para evitar o risco ambiental fora da área tratada, especialmente devido à deriva do defensivo.

As empresas produtoras dos defensivos contendo tiametoxam deverão incluir avisos nos rótulos e bulas em até 180 dias, informando sobre a toxicidade para as abelhas e a proibição da pulverização aérea. O Ibama destaca a importância de medidas que garantam a segurança ambiental e o desenvolvimento sustentável na agricultura.

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