Em junho, o MPF e o instituto entraram na Justiça com ações contra fazendas e empresas por contribuir para a degradação ambiental da Amazônia, com a criação e o comércio dos chamados “bois do desmatamento”. Treze empresas, entre frigoríficos, curtumes e exportadores de gado, já assinaram termos de Ajuste de Conduta (TACs) com o MPF se comprometendo a comprar gado apenas de pecuaristas que entrassem em acordo com os procuradores.
Até hoje, nenhum proprietário concordou com as propostas do MPF, que prevê exigências como o reflorestamento de áreas degradadas e o licenciamento ambiental. O mutirão do Ibama é uma tentativa de acelerar a tramitação administrativa dos recursos contra multas.
A proposta também estabelece que 90% do valor final das multas revistas poderão ser aplicados no reflorestamento e na reparação dos danos ambientais ocorridos.
De acordo com o procurador da República Daniel César Azeredo, a revisão só vale para as multas aplicadas a desmatamentos feitos até 2006. Quem derrubou ilegalmente depois dessa data estará automaticamente fora do mercado, de acordo com o MPF.