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IBGE prevê que safra 2016 será de 210,7 milhões de toneladas

Resultado significa aumento de 0,5% em relação à produção de 2015

Fonte: Jecson Schmitt/Arquivo Pessoal

A safra brasileira deve somar 210,7 milhões de toneladas em 2016, segundo o 3º Prognóstico de Safra deste ano, divulgado nesta terça, dia 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado significa aumento de 0,5% em relação à produção de 2015.

O montante ainda é 0,7% maior que o segundo prognóstico, divulgado no mês passado, com 1,1 milhão de toneladas a mais. O indicativo é de que o País terá nova safra recorde neste ano.

No ano passado, foram produzidas 209,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, segundo o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) de dezembro, que fecha os resultados de 2015. O dado representa alta de 7,7% ante 2014 (15 milhões de toneladas). Em relação ao levantamento de novembro, trata-se de recuo de 0,4%, com 746,5 mil toneladas a menos.

Área colhida

O Brasil deve colher 58,552 milhões de hectares na safra de grãos em 2016, segundo o IBGE. A área será 1,5% maior do que a colhida em 2015. No ano passado, foram colhidos 57,7 milhões de hectares, segundo o LSPA de dezembro. O resultado final de 2015 mostra que a área foi 1,8% maior do que a colhida em 2014, quando totalizou 56,7 milhões de hectares. Em relação a novembro, os dados tiveram recuo de 14.711 hectares. 

O levantamento da safra colhida em 2015 ficou menor entre novembro e dezembro devido a perdas na produção de trigo, informou o IBGE. Na passagem do mês, a produção recuou 11,6%, para 5,425 milhões de toneladas.

Com isso, a safra de trigo, que seria recorde segundo levantamentos anteriores, ficou 13,4% menor do que a colhida em 2014. “Pelo segundo ano seguido, a produção brasileira de trigo foi afetada pelo excesso de chuvas durante a fase final do ciclo das lavouras”, apontou o IBGE.

O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor do cereal, viu sua colheita encolher 26,9% entre novembro em dezembro. A produção também minguou em Santa Catarina (-35,3%), São Paulo (-11,1%) e Paraná (-2,8%). Diante dos resultados, o Paraná, maior produtor, terá safra 12,7% menor do que no ano passado, assim como Rio Grande do Sul. 

Soja

A produção de soja neste ano deverá sustentar um novo recorde para o grão, com 102,747 milhões de toneladas, alta de 5,9% em relação a 2015. A alta, segundo o órgão, é resultado da valorização da saca de soja no mercado interno.

“Apesar de os preços internacionais da soja estarem em declínio, a alta valorização do dólar frente ao real faz com que os preços internos sejam maiores do que os encontrados na safra passada”, disse o IBGE.

Café

A produção total de café também deve crescer em 2016, para 2,984 milhões de toneladas, um avanço de 12,5% em relação ao ano passado. O café arábica é o principal responsável pela expansão (+15,6%, para 2,3 milhões de toneladas), embora o café robusta também indique aumento na produção ante 2015 (+3,3%, para 684,2 mil toneladas).

Feijão

Também deve ter expansão no volume colhido o feijão de primeira safra, com 1,565 milhão de tonelada (alta de 16,7% em relação ao ano passado).

Milho

Por outro lado, a produção de milho primeira safra deve encolher 4,6% em 2016, para 28,111 milhões de toneladas. A queda, segundo o órgão, é consequência da valorização da soja, que é concorrente direto por área. Essa estimativa ainda é 2,4% menor do que a verificada no segundo prognóstico deste ano, divulgado em novembro.

Algodão

Outras quedas devem ser verificadas no algodão herbáceo, com 3,936 milhões de toneladas (-4,5% ante 2015), e no arroz em casca, com 11,893 milhões de toneladas (-3,4%). 

Veja também o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), igualmente divulgado hoje.

Os cálculos da Conab e do IBGE são feitos com base em metodologias diferentes e por isso apresentam dados próprios. O IBGE trabalha com anos civis, enquanto a Conab pesquisa o ano-safra, que vai de abril a março do ano seguinte, no Centro-Sul. O IBGE também inclui, nos levantamentos, culturas que não integram as pesquisas da Conab.

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