– O preço pode aumentar, porque reduziu a área plantada e está havendo problema de seca na região Sul – disse Carlos Alfredo Guedes, técnico da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
Após a safra recorde de 2011, o arroz em casca deve atingir 11,943 milhões de toneladas em 2012, um recuo de 11,2%.
– A cultura no Rio Grande do Sul, maior produtor, é toda irrigada, e as barragens estão com níveis baixos por causa da seca. Então, os produtores estão reduzindo a área plantada de arroz. E algumas dessas áreas estão sendo usadas para plantação de milho e soja. Isso pode provocar aumento do preço. Além da redução da área, o preço do arroz foi muito desfavorável em 2011 (para o agricultor). Então, o produtor já estava procurando outra cultura – explicou Guedes.
Quanto ao feijão, a produção em 2012 deve alcançar 1,805 milhões de toneladas, queda de 9,6% em relação a 2011. Além do clima desfavorável, os baixos preços do produto ao longo de 2011 desestimularam os agricultores a investir no grão.
– O feijão primeira safra também terá queda. No Paraná, principal produtor, essa redução foi principalmente na área plantada, por causa dos preços praticados ao longo da última safra. Os produtores reduziram a área e a utilizaram para o cultivo de soja, basicamente – apontou Guedes.
Em 2011, a safra de arroz atingiu 13,5 milhões de toneladas, um aumento de 19% em relação a 2010. O rendimento aumentou 17% no período. O Rio Grande do Sul aumentou a área plantada em 8,5%, para 1,171 milhão de hectares, e o rendimento subiu em 15,3%. A produção do Estado foi de 8,9 milhões de toneladas, 66,5% da produção nacional. No caso de feijão, a produção foi de 3,550 milhões de toneladas, também recorde, um aumento de 10,9% em relação à safra de 2010.