>> Confira a estimativa da Conab
A área a ser colhida apresenta acréscimo de 8,2% em relação a 2012, totalizando 48,8 milhões de hectares, aumento de 195.451 hectares em relação à previsão do mês anterior. Soja e milho, principais culturas do país, representaram crescimento em relação a 2012 na área a ser colhida de, respectivamente, 11,2% e 7,2%. Já o arroz, terceira principal cultura, teve decréscimo de 0,6% na área colhida.
Produção de milho no Centro-Oeste é destaque
O LSPA destacou, na comparação entre julho e junho, o aumento de 2,3% na produção de milho. O aumento se deve, sobretudo, à segunda safra, que corresponde a 56,9% do total produzido no ano. A estimativa para o ano é de safra recorde, com mais de 80 milhões de toneladas do cereal.
A principal região produtora é, pelo segundo ano, a Centro-Oeste. O destaque na produção é Mato Grosso, superando em volume pela primeira vez o Paraná.
– É uma tendência dos últimos anos, o Paraná cede espaço para a soja e Mato Grosso intensifica a segunda safra de milho – afirmou Mauro Andreazzi, coordenador da pesquisa.
Os avanços na segunda safra se devem à melhoria de tecnologias e condições climáticas no Mato Grosso. As condições favorecem o cultivo na mesma área da soja, após a colheita de janeiro. A estratégia, entretanto, provoca queda no preço em virtude do excesso de produção.
– Há armazéns cheios e produtores que não querem colher para não vender pelo preço atual. Mesmo no mercado internacional, a produção dos Estados Unidos, apesar de atrasada, é boa, o que prejudica os valores – afirma.
Mato Grosso é um dos Estados que sentem o gargalo na estocagem.
– A tendência para a próxima safra de verão é aumentar a soja, até que os preços do milho se estabilizem.
Safra de trigo sobe 5,2% em julho
Ainda de acordo com o IBGE, a produção de trigo registrou alta de 5,2% em relação a junho. Na comparação com 2012, a alta na produção já chega a 25,9%. O levantamento, entretanto, não considera as fortes geadas que atingiram o Paraná no fim de julho. A produção deve ser afetada no Estado, principal produtor do país, mas os impactos só vão ser detectados pela pesquisa nos próximos meses.
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Apesar do aumento, a expectativa de produção para o ano de 5,8 milhões de toneladas, não atende à demanda de consumo interno, segundo Andreazzi. O consumo é estimado em mais de 10 milhões de toneladas.
– Por isso, devemos importar o produto da Argentina, do Uruguai e dos Estados Unidos – destaca.